Celebrando o Dia da Mulher Presbiteriana

Em Jope havia uma discípula chamada [...] Dorcas, que se dedicava a praticar boas obras e dar esmolas - Atos 9:36

Você já parou para pensar no poder de uma agulha e linha? 

Objetos tão simples, mas que nas mãos certas, podem transformar pedaços de tecido em vestimentas que aquecem, protegem e até embelezam. É como a fé e o amor costurados juntos no tecido da vida, criando algo muito maior e mais belo.

Pensando nisso, me lembro de Dorcas, ou Tabita, como era chamada em aramaico. Jope, a cidade onde ela vivia, era banhada pelo sol e pela brisa do mar, mas o verdadeiro calor vinha do coração generoso dessa mulher. 

A Bíblia nos conta que Dorcas era "cheia de boas obras e esmolas que fazia". Ela não era uma pregadora famosa, nem ocupava um cargo de liderança na igreja primitiva. 

Sua pregação era silenciosa, expressa em cada ponto, em cada peça de roupa cuidadosamente confeccionada para as viúvas e necessitados de sua comunidade.

Imagine a cena: Dorcas, com suas mãos habilidosas, cortando, costurando, ajustando. Mais do que roupas, ela estava tecendo esperança, dignidade e cuidado. 

Cada vestido, cada túnica era uma demonstração tangível do amor de Cristo, um abraço em forma de tecido para aqueles que mais precisavam. Sua oficina era um verdadeiro laboratório de fé em ação, onde a agulha e linha eram instrumentos de graça e misericórdia.


E hoje, no Dia da Mulher Presbiteriana, celebramos essa mesma chama que arde nos corações de tantas mulheres em nossas igrejas. 

Assim como Dorcas, vocês, mulheres presbiterianas, são costureiras da fé e do amor. 

Seja nos grupos de SAF, nos ministérios infantis, nos trabalhos de ação social, na música, na oração, ou nos bastidores da igreja, vocês estão tecendo a história da nossa Igreja Presbiteriana com fios de dedicação, serviço e compaixão.

Talvez você pense que suas ações são pequenas, como um simples ponto em uma costura. Mas lembre-se: são esses pequenos pontos, unidos, que formam uma peça completa e resistente. 

Cada sorriso acolhedor, cada palavra de consolo, cada prato de comida compartilhado, cada visita a um enfermo, cada oração fervorosa – tudo isso é parte da linda colcha de retalhos do Reino de Deus que vocês ajudam a construir.

A história de Dorcas não termina com a sua morte, mas com um milagre de ressurreição, um testemunho do impacto profundo de sua vida. 

Da mesma forma, o legado de serviço e fé das mulheres presbiterianas continua vivo e frutífero, inspirando gerações e transformando comunidades.

Neste dia especial, que possamos todas nos inspirar em Dorcas, buscando ser mulheres "cheias de boas obras", costurando amor e fé em cada área de nossas vidas. 

Que a nossa agulha seja a Palavra de Deus, a nossa linha seja o amor de Cristo, e o nosso tecido seja o mundo ao nosso redor, necessitado de cuidado, esperança e da graça transformadora do Evangelho.

Que o legado de Dorcas inspire cada mulher presbiteriana a continuar costurando amor e fé, construindo um mundo mais justo, compassivo e cheio da presença de Deus.