Por Andrei Barros
Desde criança, quando comecei a ir na Igreja Presbiteriana de Tatuí no final dos anos 80, uma das coisas que não saem fácil da memória são os hinos e suas melodias.
Os hinos marcam nossa infância, nossa história, os momentos que vivemos. Eles carregam sua própria história, seu contexto de composição, a história de seu autor, mas é incrível como cada um hino ganha uma nova história dentro de nós a partir de nossa própria experiência religiosa e emocional.
Pode ser o hino de sua conversão, que aqueceu seu coração em um culto marcante, que ofereceu conforto na despedida de um ente querido, ou que celebrou a união em um casamento.
Tentar compilar uma lista dos hinos presbiterianos mais queridos ou reconhecidos é um desafio, dada a natureza subjetiva da tarefa.
No entanto, utilizando como base os hinos mais acessados em nosso blog, que por sua vez reflete um público de todo o Brasil, ousamos esboçar uma seleção que possa espelhar, ainda que parcialmente, aqueles que ressoam mais forte no coração de nossos leitores.
Prepare-se para um mergulho nas memórias e emoções, pois é muito provável que estes hinos façam parte da trilha sonora de sua vida espiritual.
Veja também
1º lugar 🥇- Hino 351 - Belas palavras de vida
Nosso campeão disparado, Belas Palavra de Vida, teve letra música compostas por Philip Paul Bliss e foi publicado pela primeira vez em 1874 em uma revista de Escola Dominical em New York. Nos anos seguintes foi um dos mais usados em campanhas evangelísticas no mundo todo!
2º lugar🥈- Hino 071 - Perdão
O hino Perdão, de C. M. Battersby, convida ao arrependimento e à humildade, destacando a misericórdia de Deus. Traduzido por Humberto Cantoni a partir da versão espanhola de Pablo Sosa, reforça a universalidade de sua mensagem.
3º lugar🥉- Hino 109 - O bom pastor
Lizzie Edwards e John Robson Sweney criaram O Bom Pastor, um hino sobre a fé e o conforto em Cristo. A melodia e a poesia reforçam a esperança e a segurança na guia de Jesus. Sweney, além de compositor, foi professor de música e atuou em bandas militares durante a Guerra Civil.
4º lugar - Hino 105 - A certeza do crente
Daniel Webster Whittle, sob o pseudônimo "El Nathan", nos apresenta A certeza do crente, um hino que reflete a solidez da fé cristã em meio às incertezas da vida. A melodiosa certeza vocalizada por McGranahan e a confiança nas promessas eternas ressaltadas por Whittle oferecem conforto e firmeza aos que creem.
5º lugar - Hino 110 - A vida com Jesus
6º lugar - Hino 186 - Lar do céu
O Lar do Céu, de Witt Clinton Huntington, com melodia de Tullius Clinton O'Kane, inspira esperança na eternidade e no reencontro com Cristo e amigos. Traduzido por Leônidas Philadelpho Gomes da Silva, pastor influente na hinologia brasileira.
7º lugar - Hino 315 - Serviço do crente
Serviço do Crente, de Fanny Jane Crosby e William Howard Doane, traduzido por Manoel Antônio de Menezes, exorta à dedicação no cuidado ao próximo, unindo fé e ação. Menezes, poeta sacro, teve impacto relevante na hinologia, com obras divulgadas em Portugal e no Salmos e Hinos.
8º lugar - Hino 354-A - Escola Dominical
Nathanael Emmerich e Eliseu Narciso criaram Escola Dominical, um hino que celebra o aprendizado bíblico e incentiva a busca pelo conhecimento divino. Narciso, pastor e músico presbiteriano, destacou-se na evangelização e na regência coral.
9º lugar - Hino 132 - Vivificação
Vivificação, de Henry Maxwell Wright, clama por renovação espiritual e fortalecimento no Espírito Santo. Inspirado em Charles William Fry, expressa um apelo fervoroso à presença divina. Wright, evangelista e hinólogo português, influenciou a música sacra no Brasil por meio de coros e hinos em suas missões.
10º lugar - Hino 266 - Rude cruz
Rude Cruz, de George Bennard, traduzido por Antônio Almeida, exalta a cruz como símbolo do sacrifício de Cristo e da redenção. A letra reflete a transformação dos crentes da dor à glória. Bennard, marcado por perdas e reflexões, criou um dos hinos mais amados pelos cristãos.
11º lugar - Hino 092 - A fé contemplada
A Fé Contemplada, de James Rowe, adaptado por Ricardo Pitrowsky, celebra a confiança nas promessas divinas e a resposta de Deus à fé sincera. Pitrowsky, o "Gigante dos Pampas", teve grande influência na música sacra, fortalecendo a hinologia brasileira.
12º lugar - Hino 108 - Aflição e paz (Sou feliz com Jesus)
Aflição e Paz, de Horatio Gates Spafford, traduzido por William Edwin Entzminger, exalta a paz em Cristo mesmo em meio às provações. Escrito após a perda trágica de suas filhas, o hino reflete a fé e resiliência de Spafford, que faleceu em Jerusalém.
13º lugar - Hino 231 - O Primeiro Natal
O Primeiro Natal, hino tradicional de origem anônima, celebra poeticamente o nascimento de Jesus. Traduzido por Ruth See e harmonizado por John Stainer, destaca a alegria dos anjos, pastores e magos. Popularizado por William Sandys, Stainer contribuiu para sua influência na música coral vitoriana.
14º lugar - Hino 179 - Saudação
Saudação, de João Diener, exalta a gratidão e a fidelidade divina, destacando a alegria da eleição e a esperança do lar celestial. Ralph Eugene Manuel, missionário e compositor, teve grande impacto na música sacra no Brasil como professor e ministro.
15ª lugar - Hino 113 - Achei um Bom Amigo
16º lugar - Hino 304 - A voz do evangelho
A Voz do Evangelho, de Samuel Wesley Martin, adaptado por Joseph Jones, proclama a mensagem transformadora de Cristo, chamando à fé e alertando sobre o descuido espiritual. Pouco se sabe sobre Martin, além de sua origem e data de nascimento.
17º lugar - Hino 350 - A palavra da vida
A Palavra da Vida, de Sarah Poulton Kalley e John Hughes, destaca a iluminação e alegria vindas das Escrituras, incentivando seu estudo e aplicação. A melodia CWM Rhondda, de Hughes, foi criada para um festival batista no País de Gales e tornou-se amplamente reconhecida.
18º lugar - Hino 177 - Firme nas Promessas
Firme nas Promessas, de Russel Kelso Carter, exalta a confiança na fidelidade de Jesus, que sustenta e ilumina em meio às provações. Carter, influente no hino sacro do século XIX, traduz sua convicção teológica em uma mensagem atemporal de esperança e força.
19º lugar - Hino 052 - Glória e coroação
Em Glória e Coroação, Edward Perronet exalta a majestade de Cristo e Seu reinado supremo, com tradução de Justus Henry Nelson. Originado no fervor dos reavivamentos do século XVIII, o hino reflete a devoção profunda das tradições anglicana e metodista.
20º lugar - Hino 334 - A conversão
A Conversão narra a trajetória do pecador que, perdido, encontra na cruz a luz redentora de Jesus. Com uma mensagem de arrependimento e fé, destaca a cruz como símbolo do juízo sobre o pecado e da misericórdia divina, convidando à reflexão e à aceitação da salvação.
E na sua região? Estes hinos são também os mais conhecidos? Há algum que faltou nesta lista? Deixe sua contribuição na caixa de comentários abaixo!