Ele fez tudo apropriado ao seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade (Ec 3.11a).
Ainda hoje muitos têm costume de cantar hinos tradicionais. Em alguns hinários encontramos o nome do autor logo no final de cada hino.
Você já deve ter lido o nome Fanny Crosby. Dizem que ela escreveu mais de nove mil hinos durante sua vida. Entre eles estão os bem conhecidos “Que segurança! Sou de Jesus” e “A Deus Demos Glória”.
Ela perdeu a visão ainda quando criança. Já ouvi algumas histórias sobre sua vida e a mais recente que li conta que algumas pessoas sentiam pena de Fanny.
Um pregador, talvez tentando ajudá-la, disse-lhe: “Acho uma grande tristeza que o Mestre não lhe tenha dado visão, tendo derramado tantos outros dons sobre você”.
A este comentário, no mínimo duvidoso, ela respondeu: “Sabia que se no dia do meu nascimento eu pudesse ter feito um pedido, teria pedido para nascer cega? [...] Porque quando chegar ao céu, o primeiro rosto com o qual alegrarei o meu olhar será o do meu Salvador”.
Dennis Fisher comenta:
Fanny via a vida com uma perspectiva eterna. Os nossos problemas têm uma aparência diferente à luz da eternidade. Todas as nossas tribulações tornam-se opacas quando nos lembramos daquele dia glorioso no qual veremos Jesus!
Realmente, a maneira como vemos a eternidade afeta o modo como vivemos agora. Muda a nossa percepção sobre os problemas que enfrentamos e nos faz mais agradecidos.
Tendo esta visão, Paulo pôde dizer:
Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas (2 Co 4.17,18).
Precisamos olhar menos para os nossos problemas e olhar mais para o futuro glorioso que nos espera. Precisamos olhar para os nossos problemas na ótica da redenção, na certeza de que eles têm os dias contados para chegar ao fim.
Na visão das bênçãos desaparecem os problemas.