O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns (2Pe 3.9).
Quando passamos por algum sofrimento, queremos nos ver livre dele. Mas o tempo de cada aflição deve durar o tempo que tem que durar. A história abaixo ilustra muito bem o que estou dizendo.
Certa vez, um homem ficou observando um casulo da mariposa imperial. Ele queria vê-la saindo, ver a beleza de suas asas abrindo pela primeira vez.
Ficou uma manhã toda esperando, quando a mariposa começou a sair. Mas aquela saída parecia demorada e trabalhosa demais.
Ele então resolveu dar uma ajudinha.
Pegou uma tesoura e deu um pique no fiozinho que lhe embaraçava a saída. Assim, sem mais dificuldade, ela saiu, arrastando um corpo intumescido.
Só depois disso aquele homem descobriu que passar pela minúscula abertura do casulo é uma provisão da natureza para forçar a circulação dos humores nas asas da mariposa.
A pressa de ver o inseto em liberdade havia impedido que se completasse o laborioso processo que estimularia a circulação nos minúsculos vasos de suas asas!
E aquela mariposa, criada para voar livremente pelos ares, passou seus dias arrastando um corpo disforme, com asas atrofiadas.
Algumas vezes podemos questionar por que Deus não facilita as coisas para nós. Porque temos que passar por tantos apertos, por processos demorados de luta e dor.
Pensar assim é ignorar que Deus sabe de todas as coisas. Portanto o tempo certo do sofrimento é o tempo de Deus, o tempo que ele determina.
Nossa caminhada no deserto pode demorar, mas ela serve para nos fortalecer, nos ensinar e nos aprimorar. Um dia teremos total liberdade, alçaremos grandes voos, teremos total satisfação.
“Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe” (Hb 12.5-6).
Portanto não devemos desanimar. Deus nos corrige para nos aperfeiçoar e nos tornar mais parecidos com ele.
O dono do tempo não se atrasa.
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Rev. Hebert Gonçalves
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