A sorte é lançada no colo, mas a decisão vem do Senhor (Pv 16.33).
Era uma vez um rei que parte em visita a uma cidade que se encontrava aos pés de uma imensa montanha. O rei, comentando esse dado, diz: “Que pessoas de sorte! Imagino os belos passeios que fazem nessa bela montanha”.
Os súditos o olham perplexos e dizem: “Mas senhor, existe um velho edital, já não nos lembramos mais de qual rei, que nos impede de subir a montanha. Sempre fomos súditos fiéis, nunca ousamos desobedecer”.
O jovem rei cala-se, pois não sabe o que responder; logo, volta à sua corte e, entre velhos papéis, descobre que um ancestral seu tinha proibido aos habitantes daquela cidade penetrar na floresta por um motivo: na cidade situada do outro lado da montanha, naquele período, havia uma epidemia de cólera.
O rei daquela época queria, com tal drástica proibição, evitar que seu povo corresse o risco de contágio. Agora que a peste já não existia há anos, aquele edital podia ser modificado.
Ele então percebe que devia ajudar a população a reapropriar-se da montanha. Ele então dá aos cidadãos a liberdade de explorar a montanha.
Muitas decisões são tomadas sem uma análise mais profunda, sem o questionamento necessário sobre o porquê agimos repetidamente de alguma determinada forma.
O tempo passa e perdemos aquele bom questionamento infantil que pergunta sempre: Por que não? Por que sim?
É certo que podemos sempre aprimorar nossas decisões, mudar posicionamentos e quebrar o tradicionalismo. Mas sempre com base na verdade.
O rei ficou calado até ter certeza de que podia dar liberdade àquelas pessoas para apreciarem e escalarem a montanha.
A sabedoria de Deus nos faz decidir melhor o sim e o não de cada coisa. E no lugar de decisões rápidas e mecânicas, a frase “Cada caso é um caso” deve ser mais usada por nós.
E, principalmente, devemos lembrar que mais do que a resposta pessoal, deve valer a decisão que vem do Senhor. Que nossos pensamentos e caminhos sejam mais próximos dos de Deus.
Desfrutemos dos lindos caminhos santos.
Tags
caminhada
decisões
devocional
doenças
liberdade
natureza
proibição
questionamentos
Rev. Hebert Gonçalves
sabedoria
silêncio
tradições