Todavia, lembro-me também do que pode me dar esperança (Lm 3.21).
Trazer a memória coisas boas, aquilo que nos dá esperança é sempre uma atitude saudável. Melhor do que deixar-se ser atormentado pelos problemas do presente ou pelas lembranças tristes de um passado distante é conseguir enxergar o quanto Deus nos tem feito muito bem.
O Salmo 126 é um exemplo disto. Eles rememoram um momento de grande alegria. Provavelmente a libertação do cativeiro. Lembram daquele momento, de como ficaram felizes, como riram e cantaram de alegria.
O objetivo deles de trazerem a alegria à lembrança é trazer junto à lembrança a esperança. Eles clamam: “Restaura Senhor a nossa sorte” (Sl 126.4).
“A memória, longe de se descambar para a nostalgia, agora dá o ímpeto para a esperança. Mais que um recordar saudosista vemos aqui uma intercessão confiante” (Derek Kidner).
Lembrar que grandes coisas fez o Senhor é motivação para crer e buscar a libertação de Deus. É força para continuar semeando, mesmo que com lágrimas, certos de que um dia iremos colher.
Trazendo a memória o passado de alegria, eles lembram que Deus pode mudar as situações de forma rápida como a transformação dos vales secos no Neguebe que, depois de uma chuva intensa, se transformam em torrente.
Também sabem que a transformação pode ser mais lenta como o exemplo da agricultura. A necessidade de semear, esperar, trabalhar e depois um dia colher.
Em resumo, este salmo “convida-nos a tratar os milagres do passado como medidas do futuro; os lugares secos como rios em potencial; o trabalho árduo e a boa semente como prelúdio certo da ceifa” (Derek Kidner).
“Graças a Deus pelo seu dom inefável!” (2Co 9.15).
Muitos são os presentes de Deus. Não temos palavras para descrever a alegria que Deus produz em nosso coração.
Lembrança esta que não nos deixa desanimar e é força para firmes podermos continuar. Grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso estamos alegres, por isso esperamos e nos movemos.
Tem boa memória quem rememora os momentos de paz.
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Rev. Hebert Gonçalves
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