Acorde, vento norte! Venha, vento sul! Soprem em meu jardim, para que a sua fragrância se espalhe ao seu redor (Ct 4.16a).
Em Cantares 4.16 encontramos uma fala da amada ao seu amado. Ela o convida carinhosamente a ficar com ela. O final do v.16 diz: “Que o meu amado entre em seu jardim e saboreie os seus deliciosos frutos”.
Na parte inicial deste versículo, ela lembra que as brisas se alternam, uma fria e outra quente. O vento norte e o vento sul estimulam a vida, são responsáveis pelo crescimento do jardim.
Ela pede que os ventos que promovem a vida soprem: “Acorde, vento norte! Venha, vento sul! Soprem em meu jardim, para que a sua fragrância se espalhe ao seu redor”.
Theodore Cuyler comenta este versículo dizendo:
Essa linda oração menciona dois ventos. Deus pode enviar um ou ambos, de acordo com seu parecer. Pode enviar o vento norte da condenação, para nos levar ao arrependimento, ou pode enviar o vento sul do amor, para nos derreter em gratidão e gozo santo. Se sempre precisamos de seus ventos cortantes de provação para desenvolver nossas virtudes, será que não precisamos também do calor das brisas sulinas de sua misericórdia?
Assim como as brisas se alternam, uma fria e outra quente, e estimulam o crescimento de um jardim, os ventos de Deus sopram e alimentam nossa vida. Às vezes, vêm os ventos das provações, outra hora uma brisa que nos faz descansar, que refrigera nossa paz.
Deus cuida de nós, seus filhos. Ele nos prepara para nosso encontro com ele. A igreja, a amada, se faz bela para receber Deus, o seu amado.
Logo chegará o dia de nosso encontro com Deus. Neste dia teremos completa alegria. “Regozijemo-nos! Vamos alegrar-nos e dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a sua noiva já se aprontou” (Ap 19.7).
A vida segue e nossa oração é para que os ventos acordem. E que os ventos nos acordem, nos preparem para a jornada, soprem nossas velas e nós de velocidade, nos conduza ao nosso destino eterno.
Ouça os ventos mensageiros.
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Rev. Hebert Gonçalves