Não é bom ter zelo sem conhecimento, nem ser precipitado e perder o caminho (Pv 19.2).
Conta-se que certa vez houve uma reunião de negócios em uma associação comercial. Todos entravam e colocavam os seus paletós em um cabideiro na sala do auditório, pois o ambiente estava muito quente.
No meio da reunião, um senhor se levantou para apanhar a carteira que tinha esquecido no paletó e ficou desesperado, porque ao revirar todos os bolsos não a encontrou.
Indignado, pôs-se no meio do auditório e interrompeu o discurso gritando: - Fui roubado! Existe um maldito ladrão em nosso meio! Todos se viraram para ele surpresos.
O homem continuou: - Ninguém sai deste recinto, pois acabaram de furtar minha carteira que estava em meu paletó. Vamos chamar a polícia e fazer uma revista completa.
O orador ficou em silêncio. Os presentes olhavam- se constrangidos enquanto o homem furioso exigia a presença da polícia.
Foi quando o orador fez uma brilhante observação: - Amigo, tem certeza de que o paletó que tem em suas mãos é o seu? Há muitos parecidos com este junto aos outros. Faça o favor de verificar com mais cuidado.
O senhor voltou ao cabideiro e depois de uma olhada mais atenta encontrou o paletó e a sua carteira. O orador estava certo. O homem ficou tão envergonhado que mesmo após pedir desculpas não conseguiu mais ficar no local e, envergonhado, foi-se embora.
Osmanito Torres comenta: “Este incidente nos ensina que temos de ter cuidado ao acusar ou culpar alguém por algum fracasso ou perda. Muitas das vezes, o erro pode simplesmente ser nosso”.
Quando algo dá errado, é fácil apontar os outros como culpados. Não tão fácil é reconhecer nossa participação no erro.
Mesmo quando algo que nos atrapalha estiver relacionado à atitude de outras pessoas, devemos seguir, fazer a nossa parte e transpor a barreira que tentam colocar em nosso caminho.
Temos muito a fazer. Melhor do que procurar culpados, precisamos assumir nossa responsabilidade e seguir em frente.
Cuidado com a precipitação.