Cuidado com as palavras

Tudo faço por causa do evangelho, com o Jim de me tomar cooperador com ele (ICo 9.23).

Um velho miserável se afligia com um feixe de lenha que trazia: Jogou-o ao chão, já cansado, e chamou pela morte, agoniado. 

Aparecendo-lhe esta, perguntava com que fim tão solícito a chamava. Rogo-te - disse o velho, de mãos postas - Que me ajudes a pôr o feixe às costas.

Podemos ver que o velho da história teve habilidade para driblar a morte. Mas por que reclamou, por que a chamou?

Temos realmente a mania de reclamar. E devemos tomar cuidado com o que falamos nos momentos de ira, de desânimo e descontentamento.

Lembra de Jonas? 

Ele ficou tão insatisfeito que queria morrer. “Peço-te, pois, ó SENHOR, tira-me a vida, porque melhor me é morrer do que viver” (Jn 4.3). Uma ira desmedida, desproporcional e infundada. Estava triste pela conversão dos ninivitas. 

Deus lhe perguntou: “É razoável esta tua ira?” (Jn 4.4). Jonas não esboçou reação e foi se abrigar à sombra de uma planta. Só que a planta secou, e ele novamente queria morrer. “O sol bateu na cabeça de Jonas, de maneira que desfalecia, pelo que pediu para si a morte, dizendo: Melhor me é morrer do que viver (Jn 4.8).

Precisamos tomar cuidado com a ingratidão e precipitação de palavras. A afirmação “eu quero morrer” dita como protesto contra a vida que Deus nos deu é uma afronta ao autor da vida. 

Enquanto tivermos fôlego de vida devemos dar graças a Deus, pois ele nos abençoou com vida. Ele nos deu uma história para escrever. 

Precisamos viver com maior humildade e submissão a Deus. Sempre existe um motivo para viver. A razão da nossa vida é a alegria de servir a Deus. Podemos viver com propósito se ouvirmos a orientação de Deus para nossa vida. 

Paulo disse que a vida dele só tinha sentido porque ele tinha um ministério, um chamado a cumprir. Ele disse que sem poder servir a Deus era realmente melhor morrer. Sua vida não tinha intenção de lucrar com o evangelho, mas de servir a Deus anunciando sua Palavra (1 Co 9.14-15).

Propósito certo traz alegria para a vida.

Por Herbert Gonçalves