Coragem para vencer

Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem (Rm 12.12).

Um radialista contou a seguinte história: A lagosta é um animal mole que vive dentro de uma concha rígida. Essa casca grossa não se expande.

Bem, como a lagosta pode crescer? À medida que a lagosta cresce, essa concha fica muito apertada. A lagosta se sente sob pressão. É desconfortável! 

Então ela vai pra debaixo das pedras para se proteger de predadores, se liberta da casca e produz uma nova. E de novo, quando ela crescer, essa casca ficará apertada, e ela volta pra debaixo das pedras. 

E a lagosta repete isso várias vezes ao longo do seu crescimento. O estímulo para que a lagosta possa crescer é que ela se sente desconfortável. 

Depois de contar esta história o radialista fez o seguinte comentário: 

O que temos que perceber é que tempos difíceis também são momentos que sinalizam o crescimento, o amadurecimento, e se a gente souber usar a adversidade corretamente, podemos crescer através dessas adversidades. 

As dificuldades da vida podem ser degraus para o nosso crescimento na fé, no amor e na caridade. As dificuldades nos edificam, nos tornam mais maduros na nossa caminhada. O próprio ouro, para se tornar puro tem que passar pelo fogo.

A natureza tem mesmo muito a nos ensinar. Se a lagosta não tomasse a decisão de enfrentar os perigos saindo daquela carapaça, morreria sufocada. O que antes era sua casa se tornou uma prisão. 

Mas saindo, mesmo correndo riscos, sabe que poderá criar uma nova carapaça de tamanho maior, uma proteção melhor que servirá por mais um período de sua vida. 

Façamos como a lagosta: troquemos a velha e apertada carapaça por uma nova. Mesmo sabendo que, por algum tempo, estaremos desprotegidos ao enfrentar uma nova situação. Largar o velho e abraçar o novo é, muitas vezes, a única possibilidade de sobreviver por mais um período. Até que cresçamos ainda mais e, novamente, tenhamos de mudar de carapaça (Luis Pellegrini). 

Confiando em Deus, tenhamos coragem para vencer.

Quem cresce tem que mudar.

Por Hebert Gonçalves