Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo (G1 6.2)
Temos duas cargas a carregar. A nossa e a de nosso próximo. Nenhuma delas é muito fácil de suportar. Mas, com certeza, a carga dos outros é sempre mais difícil de levar.
Isso ocorre porque nossa lógica é simples. Minha responsabilidade é cuidar dos meus fardos. Mas esquecemos que, além disso, precisamos ajudar nosso próximo.
Da mesma forma que não conseguimos carregar nossos fardos sozinhos, as outras pessoas com quem convivemos precisam de nossa ajuda.
Um exemplo de como é mais difícil carregar os fardos dos outros é em relação ao perdão. Uma fábula ilustra esta ideia dizendo:
Quando Deus criou o homem, deu-lhe dois sacos para carregar: um com os defeitos alheios, o outro com seus defeitos próprios. Os homens levam o primeiro fardo na frente e o segundo atrás. Eis porque sempre estamos prontos a ver os defeitos dos outros, mas nunca percebemos os nossos.
Esta história fantasiosa mostra uma realidade, enxergamos mais os erros dos outros e nos outros do que em nós mesmos.
Criticamos e aumentamos os defeitos dos outros enquanto diminuímos e relevamos os nossos. Talvez como uma forma inconsciente de preservação, mas que não deixa de ser errada.
"Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo” (Gl 6.2) . Mesmo que os outros não tenham disposição de nos ajudar, mesmo que pensemos que o nosso próximo não merece ajuda, a ordem é clara.
“Levai” e “assim cumprireis”. Ajudar o próximo é uma atitude de obediência a Deus. George Merrian diz sobre este versículo:
Sempre terás à mão um refúgio: podes fazer alguma coisa por alguém. Assim, tens a sagrada possibilidade: mostrar Deus. É através do amor e da bondade que os homens percebem a realidade divina, quer a reconheçam, quer não. Guarda, portanto, isto: pode haver tempos em que não consigas encontrar ajuda, mas não existe tempo em que não possas oferecer ajuda.
O peso que carregamos nos torna mais fortes.
Por Hebert Gonçalves
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