“Ninguém percebe a gravidade do problema alheio” (George Herbert). Esta frase tem muito sentido. Até percebemos que as outras pessoas sofrem, mas na maioria das vezes estamos tão envolvidos com a nossa dor que parece que o nosso problema supera o dos outros.
Ao participar de um grupo de terapia de apoio certa tarde, um homem de meia idade percebeu que estava em seu pior momento. O terapeuta explicou que, primeiro fariam um círculo, e cada participante falaria durante alguns minutos sobre o que estava acontecendo em sua vida.
O homem, de meia-idade, ouvia pacientemente cada um dos outros participantes. Quando chegou a sua hora de descarregar seu problema, percebeu que sua história era uma das mais tristes do grupo. Então reparou que a última pessoa do círculo era um belo jovem de cerca de vinte anos.
Ele disse: “Meus amigos, estou com câncer, na fase terminal. Meus médicos disseram que só tenho de três a seis meses de vida. Venho lutando com isso há um mês, e finalmente tomei uma decisão”. Sua voz ganhava confiança à medida que falava.
“Vou aprender a pilotar aviões. Resolvi viver”. O homem de meia-idade prendeu a respiração. Percebeu que os motivos de cada um deles havia sido corriqueiro e pretensioso, comparado à má situação do rapaz.
Com esta história podemos aprender que nossa vida e os problemas que enfrentamos estão longe de ser os piores existentes na humanidade.
Também aprendemos que independente da situação que enfrentamos não devemos desistir de viver. Mesmo enfrentando dificuldades, podemos e devemos seguir a vida e decidir viver.
Devemos tomar cuidado para não deixarmos ser envolvidos pela autopiedade, às vezes fazendo de pequenos problemas, montanhas intransponíveis.
Não devemos pensar que a vida do outro é fácil, todos nós carregamos nossos fardos. Devemos lembrar que o peso que carregamos não é leve nem pesado e sim na medida a qual podemos suportar.
Decida viver.
Por Hebert Gonçalves
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