Uma pergunta que muitos fazem ao ler o texto de hoje é: por que Jesus amaldiçoou a figueira, se está dito que nem tempo de figos era?
Devemos atentar para uma característica peculiar desta árvore: junto com a sua folhagem nascem nódulos comestíveis que são uma espécie de precursores do figo verdadeiro. A presença destes nódulos demostrava que a produção seria abundante.
Quando Jesus viu aquela figueira, procurou estes “figos verdes” e não os encontrou, ou seja, não haveria frutificação naquele ano. Esta figueira, que aparentemente prometia muito, não tinha nada a oferecer além de sua falsa aparência. Nem mesmo uma promessa de frutos ela tinha!
De forma simbólica, essa figueira pode ser comparada ao povo de Israel. As pessoas daquela época aparentavam ser muito religiosas, tinham uma “folhagem brilhante”, mas suas vidas não apresentavam frutos correspondentes.
Elas seriam julgadas por Deus por causa de sua vida religiosa estéril. É interessante notar que, na mesma época em que a figueira foi amaldiçoada, também foi anunciada a destruição de Jerusalém. O texto de hoje serve como uma advertência a todos aqueles que parecem ser muito mais do que são.
Não podemos nos esconder atrás de uma folhagem empolgante e bonita. Devemos apresentar frutos reais ao Senhor, em vez de cultivarmos uma aparência de santidade. Tais frutos demonstrarão nosso arrependimento e que estamos unidos a Cristo (veja o versículo em destaque).
Como a figueira, todo aquele que tem uma vida de hipocrisia corre perigo de sofrer o julgamento divino. Referindo-se aos falsos profetas, Jesus disse que “toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo” (Mt 7.19).
Já uma produção abundante de frutos glorifica a Deus e demonstra que a pessoa segue a Cristo (Jo 15.8). E a sua vida, está estéril ou produzindo? Somente com Cristo podemos dar frutos!
Deus não se impressiona com aparências.
Por Hebert Gonçalves
Tags
aparências
arrependimento
devocional
falso
frutos
heresia
hipocrisia
natureza
parábola
religião
Rev. Hebert Gonçalves