Assim, pois, seguimos as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros (Rm 14.19).
Certa feita, um homem esbaforido aproximou-se de um grande sábio e sussurrou-lhe aos ouvidos: Escuta, na condição de teu amigo, tenho alguma coisa muito grave para dizer-te, em particular...
Espera! - ajuntou o sábio prudente - Já passaste o que vais me dizer pelos três crivos? Três crivos? - perguntou o visitante, espantado.
O sábio respondeu: Sim, meu caro amigo, três crivos. Observemos se tua confidência passou por eles. O primeiro, é o crivo da verdade. Guardas absoluta certeza quanto àquilo que pretendes comunicar?
Bem... - ponderou o interlocutor - assegurar mesmo, não posso, mas ouvi dizer e então...
O sábio continuou: Exato. Decerto peneiraste o assunto pelo segundo crivo, o da bondade. Ainda que não seja real o que julgas saber, será pelo menos bom o que me queres contar? Hesitando, o homem replicou: Isso não, muito pelo contrário...
Ah! - tomou o sábio - então recorramos ao terceiro crivo, o da utilidade, e notemos o proveito do que tanto te aflige. Útil?! - perguntou o visitante ainda agitado - útil não é.
Bem - conclui o sábio num sorriso - se o que tens a confiar não é verdadeiro, nem bom e nem útil, esqueçamos o problema e não te preocupes com ele, já que nada valem casos sem edificação para nós!
Já li um texto parecido com este com o título As Três Peneiras. A ideia é a mesma, antes de falar devemos peneirar nossas palavras.
A peneira tira o mais grosso deixando apenas a útil e fina areia. Devemos tirar a grosseria de nossas palavras e a maldade de nossa língua.
A fofoca, a maledicência e a mentira não podem fazer parte de nossa comunicação. Nossas palavras devem glorificar a Deus.
Nossas palavras devem edificar e construir. Paulo diz que da nossa boca não deve sair nenhuma palavra torpe (Ef 4.29a), ou seja. palavras que agridem, que fazem mal aos outros, mas palavras boas, que façam bem aos que ouvem, que os ajudem a crescer na fé.
Que haja bondade em nossas palavras.
Por Hebert Gonçalves
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