Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam (1 Co 2.9 - leia também Is 64.1-8).
Um dos motivos que nos impede a seguir em frente é ficarmos presos ao passado.
Ora lembramos do passado, tristes pelas decisões erradas tomadas. Ora olhamos para o passado, como se ele fosse uma imagem do futuro, como se estivéssemos presos aos acontecimentos e nossos erros tivessem que continuar acontecendo repetidamente.
Um sentimento de que o futuro que nos espera apenas fosse repetir as mesmas frustrações. E. F. W. Robertison disse:
Não é lamentando o irreparável que fazemos o verdadeiro trabalho. E, sim, fazendo o máximo que conseguimos.
Não devemos reclamar por não termos as ferramentas certas; precisamos usar bem os instrumentos que temos. O que somos e o lugar em que estamos fazem parte de um arranjo providencial de Deus.
É um ato divino, embora ocorram erros humanos. A vida é uma série de erros, e o melhor cristão não é o que dá menos passos errados. O melhor é aquele que conquista as vitórias mais esplêndidas lutando por reparar os seus erros.
Paulo disse: “esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.13b-14).
Robertison tem razão quando afirma que “não é lamentando o irreparável que fazemos o verdadeiro trabalho”.
No lugar de lamentar o passado, devo seguir em frente. No lugar de reclamar da falta de recursos, devo me empenhar para superar as dificuldades.
Deus é nosso auxílio e nosso ajudador. Ele molda o nosso futuro, não pelos erros do passado, mas pela nossa comunhão com aquele que nos promete a salvação.
Nosso passado, por pior que tenha sido, pode ser esquecido, pois pela graça Deus já nos perdoou e mudou a nossa história.
Agora nos cabe agir como Paulo. No tempo que nos resta, corramos para junto de Deus, tendo os olhos firmes no futuro de esperança e paz que Deus tem preparado para nós.
Somos obra das mãos de Deus.
Por Hebert Gonçalves