Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida
Apocalipse 2.10
Uma das histórias de martírio mais conhecida é a de Policarpo Bispo de Esmirna, discípulo de João, ocorrido em 23 de fevereiro de 155 d.C.
Ele foi apanhado e arrastado para a arena. Tentaram intimidá-lo com as feras. Ameaçaram-no com o fogo.
Ele respondeu ao pro cônsul: “Vocês me ameaçam com um fogo que pode queimar apenas por alguns instantes, a respeito do fogo do juízo vindouro e do castigo eterno, reservado para os maus. Mas porque vocês demoram, façam logo que têm de fazer”.
Seus algozes tentaram forçá-lo a blasfemar contra Cristo, mas ele respondeu: “Eu o sirvo há 86 anos e ele sempre me fez bem. Como posso blasfemar contra o meu Salvador e Senhor, que me salvou?”
Os inimigos furiosos, queimaram-no vivo em uma pira, enquanto ele orava e agradecia a Jesus o privilégio de morrer como mártir.
Policarpo demonstrou seu grande compromisso com Cristo mantendo-se fiel até a morte literalmente. Que linda declaração de fé: “Como posso blasfemar contra meu Senhor que me salvou?”
Acredito que naquela hora, em seu coração e mente, estavam ecoando as palavras que foram escritas para a igreja de Esmirna por João. “Não tenha medo do que você está prestes a sofrer” (Ap 2.10a).
E, principalmente, Policarpo sabia que o vencedor de modo algum sofreria a segunda morte, ele receberia a coroa da vida. Aqueles homens, chamados de Sinagoga de Satanás, podiam tirar-lhe a vida na terra, mas não a vida eterna.
Policarpo foi fiel até a morte e é um exemplo para nós. Precisamos servir mais a Deus. Ter um compromisso sério, digno de alguém que se considera discípulo de Jesus.
Será que estamos dispostos, se necessário, a sofrer pelo evangelho, estamos dispostos a renunciar algumas coisas para servir melhor a Deus?
É possível ser fiel e fiel até à morte num mundo marcado pelo relativismo? Paulo diz: “A vós foi dado o privilégio não apenas de crer em Cristo, mas também de sofrer por ele” (Fp 1.29).
O sofrimento revela quem é fiel e quem é conveniente.
Por Hebert Gonçalves