Quando se fala da morte e da ressurreição de Cristo, uma das doutrinas relacionadas é a do duplo estado de Cristo. Essa doutrina pode ser assim definida: “É o ensino de que Cristo experimentou primeiramente o estado de humilhação para posteriormente experimentar o estado de exaltação”.
Por conta disso, falaremos a seguir sobre esses dois estados vivenciados por Cristo:
1. O estado de humilhação
O estado de humilhação diz respeito à condição na qual Cristo estava em seu ministério terreno. Logo, nesse estado encontram-se a encarnação, o sofrimento, a morte e o sepultamento de nosso Senhor.
Certamente a declaração de Paulo aos crentes de Filipos resume bem essa condição, quando ele escreve:
Pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz (Fp 2.6-8).
2. O estado de exaltação
A exaltação de Cristo abrange quatro aspectos, a saber: a ressurreição, a ascensão ao céu, o sentar-se à destra de Deus e a volta em poder e glória. Paulo completa o texto acima falando da exaltação de Cristo após sua humilhação.
Assim ele escreve:
“Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.9-11).
Sua segunda vinda, narrada por Mateus, também denota sua exaltação após a humilhação. Assim o evangelista registrou:
“Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória” (Mt 24.30).
Conclusão
Não há como falar da morte, ressurreição e ascensão de Cristo sem perder de vista Seu estado de humilhação e de exaltação.
Se a humilhação diz respeito a Sua encarnação até seu sepultamento, a exaltação se refere à ressurreição até Sua segunda vinda.
Esses estados revelam, ao mesmo tempo, o espírito de servidão e o espírito de autoridade de Cristo. Diante disso, Ele deve ser alvo de nossa imitação e adoração.
Por Carlos Souza
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