Os Privilégios da Adoção


De acordo com Wayne Grudem, adoção é um ato de Deus por meio do qual Ele nos faz membros de sua família. 

Textos deixam claro essa realidade. Em João 1.12, lemos: “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber aos que creem no seu nome”. 

Por outro lado, aqueles que não creem são chamados de filhos da ira (Ef 2.3), filhos da desobediência (Ef 5.6) e pertencentes ao Diabo (Jo 8.42-44). 

A condição de ser filho de Deus concede alguns privilégios. Mas que privilégios são esses? É isso que pretendemos demonstrar nesta reflexão.

1. O privilégio de se relacionar com Deus na qualidade de filhos
Nem todos são filhos de Deus, conforme vimos acima; todavia, aqueles que gozam dessa condição podem chamar Deus de Pai. Esse é o modo como Deus é chamado na oração do Pai Nosso (Mt 6.9). 

Várias são as ocorrências onde Deus é chamado assim. Além disso, o Espírito Santo confirma em nós essa condição - Paulo escreve: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.15-16). 

Embora Deus seja Juiz, Senhor, Mestre, Instrutor, Provedor, o papel mais íntimo que comunica aos seus eleitos é a condição de filhos.

2. O privilégio de ser guiado pelo Espírito
O apóstolo Paulo mostra que a ação do Espírito Santo para nos fazer andar em conformidade com o querer do Senhor é evidência de nossa filiação divina. 

Assim ele escreve: “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Rm 8.14). Dessa forma, ele vê o Espírito Santo agindo no crente de tal maneira que sua obediência refletirá a imagem do Pai Celeste.


3. O privilégio de ser disciplinado por Deus
Embora nem sempre gostemos desse aspecto, é bom lembrarmos que uma vez que somos filhos, Ele nos trata como um pai que usa a disciplina como expressão de seu amor. “É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos ); pois que filho há que o pai não corrige?” (Hb 12.7).

O autor complementa seu raciocínio dizendo que Deus age dessa maneira para que seus filhos participem de sua santidade, isto é, reflitam sua imagem. “Deus, [...], nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade” (Hb 12.10).

Conclusão
Nem todos são filhos de Deus. Entretanto, aqueles que o são usufruem de alguns privilégios. Dentre eles destacamos o privilégio de se dirigir a Deus como Pai, de ser guiado pelo seu Espírito e ser disciplinado por Ele. 

Que usufruamos intensamente dessa paternidade.

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