A oração é uma coisa muito boa. Devemos orar sempre e ser disciplinados, não negligenciando a oração. Mas nesta passagem de Mateus 6.5-8, Jesus adverte sobre dois perigos da oração. A oração hipócrita e a oração repetitiva.
A oração hipócrita
É a oração feita para aparecer.
Jesus desmascarou as verdadeiras motivações dos Fariseus, quando ficavam de pé na sinagoga ou nas ruas com as mãos erguidas para o céu, a fim de serem vistos pelos homens (John Stott).
Hoje isso também pode acontecer. Muitos podem cantar para aparecer, orar para demonstrar piedade. O culto pode se transformar em uma exibição de talentos.
Entra no teu quarto, e fechada a porta, orarás, disse Jesus - Quando estamos sozinhos não corremos este risco. Estamos a sós com Deus, não tem ninguém por perto para nos distrair.
Orarás a teu pai que está em secreto (que está naquele lugar secreto) - Nosso Pai está lá, à nossa espera.
Teu pai que vê em secreto, te recompensará - Certamente muitos tesouros nos aguardam na sala de oração. Tesouros reais, não apenas materiais. O maior tesouro é saber que estamos na presença de Deus.
A oração repetitiva
Jesus diz que devemos evitar as “vãs repetições”. Não é errado orar várias vezes pelo mesmo motivo. O errado é orar com um amontoado de palavras sem sentido.
Uma mera repetição, sem pensar no que está falando. Palavras que só venham dos lábios e não do pensamento ou do coração.
Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais (v.8).
Os crentes não oram com intenção de informar a Deus sobre coisas que ele desconheça, ou para incitá-lo a cumprir o seu dever, ou para apressá-lo, como se ele fosse relutante. Pelo contrário, oram para que assim possam despertar-se e buscá-lo, e assim exercitem sua fé na meditação das promessas de Deus, e aliviem suas ansiedades, deixando-as nas mãos dele (Lutero).
O “segredo” na oração é purificar nossas motivações.
Por Hebert Gonçalves
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Rev. Hebert Gonçalves
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