Quanto mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder.
Efésios 6.10
Na carta aos Efésios o apóstolo Paulo estabelece os padrões para a vida pessoal, para a vida em comunidade e no círculo mais íntimo, que é o lar.
Mas tais padrões de vida cristã não vão ser alcançados sem que haja batalhas. Essas batalhas ou conflitos começam já dentro de nosso coração e mente, a nossa luta contra a carne, como Paulo explica:
Digo, porém: Andai pelo Espírito, e não haveis de cumprir a cobiça da carne. Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis. - Gálatas 5:16-17
Além desse conflito interno que todo o cristão sincero passa, há algo exterior que também deve ser considerado: o conflito espiritual.
A partir do momento que passamos pela conversão, assumimos a posição de filhos de Deus, portanto estamos agora do lado vencedor – todavia isso não nos isenta de vivenciarmos ataques e conflitos.
Devemos estar preparados. Pois debaixo das aparências e da superfície, está sendo travada uma furiosa batalha espiritual invisível.
Mas como iremos enfrentar essa batalha? Para enfrentar o conflito espiritual o cristão deve ser “forte no Senhor” (Efésios 6.10)
Muitas pessoas caem em tentação das mais variadas porque “acham que são fortes”. Acham que aguentam e ignoram assim sua humanidade pecaminosa.
Há por exemplo, aquele cristão que assume ser forte. É aquela pessoa que declara “eu sou forte”, “eu aguento”, e assim vai flertando com o pecado. Acredita que com sua força irá vencer tudo. Mas logo vem a queda e a frustração é enorme.
Há também aquele cristão que até admite suas fraquezas, mas mesmo assim se expõe perigosamente ao pecado, ignorando o seu perigo.
Estes exemplos são duas faces da mesma moeda: mostram que a pessoa confia demais em si mesma, na sua própria força. E o resultado só poderá ser trágico.
Essas pessoas se esquecem de ser fortes “no Senhor”. E assim devemos proceder justamente porque o conflito espiritual é violento. As forças envolvidas são maiores do que as nossas. Se não formos fortalecidos pelo próprio Deus, não poderemos suportar.
Exemplo muito apropriado é o de Gideão. Quando ele foi chamado e vocacionado, definiu a si mesmo como o “menor” membro da família “mais pobre” (Juízes 6.15).
Porém, nesta atitude de avaliação sincera de sua própria situação, Gideão dependeu de Deus e foi fortalecido nele. Foi o homem que Deus usou para conduzir o povo de Israel a uma batalha contra os midianitas.
Lembra-se daquela batalha?
O inimigo tinha 135 mil soldados. Gideão, de 32 mil acabou apenas com 300. A desvantagem numérica era absurda: na proporção de 450 soldados inimigos para 1 soldado da tropa de Gideão.
Mas Deus fez propositalmente essa redução drástica para que os soldados pudessem confiar apenas na força do Senhor.
Após voltarem da batalha, não houve dificuldade de reconhecer que a vitória foi um milagre de Deus – e não consequência de uma estratégia militar superior. A força veio de Deus.
Assim também acontece no conflito espiritual. Deus deseja que abandonemos as nossas próprias forças e que confiemos apenas nele.
Até porque, se é Deus que nos dá a força e o poder, não há qualquer razão para nos comportarmos de maneira hesitante na batalha. Não precisamos ter medo do inimigo.
Alguém já disse que ‘nossa coragem natural é como covardia perfeita, e nossa força natural como fraqueza perfeita’. Toda a nossa suficiência deve vir de Deus.
Para pensar
Lembre-se constantemente que você só fica em pé porque Deus o fortalece. Nunca caia no erro de confiar em si próprio. Este é o primeiro requisito para enfrentar o conflito espiritual.
Se quer ser vitorioso, seja forte no Senhor!
Se quer ser vitorioso, seja forte no Senhor!
Por Andrei Barros
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Rev. Andrei Barros
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