Contudo, Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro; tu és o oleiro.
Todos nós somos obra das tuas mãos
Isaías 64.8
Paulo sempre deixou claro que o seu ministério dependia inteiramente do poder de Deus. Ele declara ser como um vaso de barro que, embora frágil, pode ser usado para guardar coisas preciosas.
Os jarros, os potes e as vasilhas estavam sujeitos a se quebrar, e por isso custavam pouco e eram logo descartados. Os rabinos judeus costumavam dizer: É impossível o vinho ser guardado em vasilhas de ouro ou prata, mas no mais inferior dos recipientes, isto é, em vasos de barro.
Semelhantemente, as palavras da Lei são guardadas apenas na pessoa mais humilde.
Comparar-nos com um vaso foi a forma que Deus encontrou de nos mostrar a necessidade de sermos humildes. É o que diz o texto: “para que a excelência do poder seja de Deus”.
Esta comparação também consegue expressar o sentido de utilidade. Um vaso pode ser valioso, não por ser vaso de barro, mas pelo seu conteúdo. Nossa vida tem valor porque Deus habita em nós pelo seu Espírito Santo.
Paulo não quer ser elogiado como um vaso de ouro, nem ser desprezado como se a sua vida não tivesse nenhum valor.
Ele deixa claro que o mais importante era a mensagem que ele carregava. De sua mensagem vinha a sua força para suportar as adversidades e também o motivo pelo qual deveria ser respeitado.
Nossos líderes são vasos de barro, como Paulo, e devem ser reconhecidos pelo trabalho que realizam. Não podemos desprezar ou elogiar alguém sem perceber que o mais importante é a mensagem, não somente o vaso.
Temos que tomar cuidado para não concentrarmos nossa atenção no vaso deixando de entender a mensagem.
Alguns líderes são vasos de barro pintados de ouro. Infelizmente ficamos tão encantados com o vaso que não conseguimos ouvir a mensagem.
Outros líderes são desprezados por não ser um vaso tão talentoso. Quando só olhamos para o vaso não conseguimos ouvir a mensagem. A felicidade está relacionada com a utilidade.
Por Hebert Gonçalves
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