Deus não é homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa. Acaso ele fala, e deixa de agir? Acaso promete, e deixa de cumprir?
Números 23.19
(Leia também Amós 9.11-15 )
O profeta Amós foi um instrumento de Deus para falar a um povo que vivia uma religiosidade vazia.
Questiona o nosso formalismo e condena as tradições sem vida. Insiste que a Palavra de Deus seja central na vida e no culto da igreja. Amós descreve uma religião detestada por Deus, e chama o povo de Deus ao arrependimento e a fé, com obediência de coração e esforço eficaz em favor dos necessitados (J. A. Motyer).
Uma mensagem muito oportuna para os dias de hoje. Muitas pessoas e igrejas tem deixado a centralidade da palavra de Deus, a humildade e o temor.
No lugar disto, vivem uma autossatisfação pessoal e religiosa. Apegados a seus costumes e tradição, agradam a si mesmo e se esquecem dos necessitados.
O escritor J. A. Motyer destaca, desta mensagem de Amós, três pontos centrais.
Primeiro, Amós insistiu em que o privilégio implica em perigo (3.2). A reivindicação daquele tempo era de que o privilégio produz segurança. Eles eram privilegiados, porque tinham um relacionamento direto com Deus (2.9-11).
Mas o destaque particular de Amós é o seguinte: quanto mais perto de Deus se encontra, mais próximo do juízo e mais certo do julgamento.
Segundo, a história passada não pode substituir o compromisso moral e espiritual presente. Deus quer compromissos atualizados, com ele (5.6), com os valores morais (5.14, 15), com a ética pessoal e social (5.24).
A terceira ênfase da mensagem de Amós à igreja é que a profissão e a prática religiosa são inválidas (repulsivas a Deus, para sermos mais precisos, e portanto não apenas inúteis, como também perigosas), se não forem seguidas de evidências claras.
A mensagem de Amós é direcionada ao povo de Deus. Ela confronta seus pecados, descreve o que Deus exige e chama ao arrependimento, a fé, a uma dependência da sua graça. Quer levá-los à prática de boas coisas.
Vida com Deus exige compromisso, decisão e purificação.
Por Hebert Gonçalves
Tags
aparências
arrependimento
compromisso
devocional
ética
farisaísmo
humildade
juízo
negligência
perigo
privilégio
profetas
purificação
Rev. Hebert Gonçalves
sociedade
temor
tradições