Destaques do Artigo:
🏰 Terras e doações: A Igreja controlava 25% da Europa ocidental.
💰 Dízimas e indulgências: As fontes de renda que sustentavam o luxo eclesiástico.
⚖️ Caridade vs. ostentação: O paradoxo do uso das riquezas da Igreja.
Território e poder: As propriedades que sustentavam a Igreja medieval
Para se compreender a força dominante absoluta da Igreja na Idade Média, precisamos conhecer não somente a sua extensão territorial, mas igualmente, a magnitude das suas riquezas e possessões.
Sua riqueza consistia em terras e edifícios construídos para fins religiosos, com ricos mobiliários e ornamentos caríssimos, construções dos mais variados tipos destinadas aos fins mais diversos. A maior parte das terras pertencentes à Igreja vinha às suas mãos como doações de pessoas devotas.
Sua riqueza consistia em terras e edifícios construídos para fins religiosos, com ricos mobiliários e ornamentos caríssimos, construções dos mais variados tipos destinadas aos fins mais diversos. A maior parte das terras pertencentes à Igreja vinha às suas mãos como doações de pessoas devotas.
Muita coisa também era conseguida por intermédio do direito feudatário [1], através dos bispados e mosteiros. Havia também os Estados Papais, uma grande região da Itália central sobre a qual o papa exercia o domínio de um soberano.
Dum modo ou de outro, a Igreja dominava uma grande parte das terras da Europa ocidental. Não seria exagero afirmar que na França, Alemanha e Inglaterra a igreja dominava a quarta parte dos territórios. Na Itália e na Espanha ela possuía mais.
Dízimas, indulgências e tributos: As fontes da riqueza eclesiástica
Uma renda incalculável de todas essas terras fluía continuamente para os cofres da Igreja, tanto as dízimas que eram as taxas eclesiásticas pagas por toda a gente, como os tributos que se cobravam pelos serviços religiosos, além das vendas das indulgências, que muito rendiam.
O papa recebia para si próprio os impostos dos Estados Papais e do óbulo de São Pedro, óbulo que todos pagavam. Também o papa cobrava um imposto, do clero e contribuições outras dos bispados, em virtude do ofício dos bispos, e arrecadava muitas outras taxas de várias naturezas.
Foi assim que essa grande igreja internacional se tornou o poder mais rico do mundo, ultrapassando, na Europa, a qualquer governo, em recursos financeiros. Mesmo que os homens não acreditassem na sua autoridade divina, ao menos a temiam por sua tremenda influência, por suas enormes riquezas.
Riqueza vs. Caridade: O paradoxo do poder da Igreja na sociedade medieval
Devemos lembrar, Todavia, que a Igreja mantinha muitas instituições de caridade. Hoje em dia muitas obras dessa natureza são realizadas pelos governos, por organizações particulares e instituições seculares, além do trabalho, das igrejas neste particular.
Mas na Idade Média as condições eram outras. Praticamente quase tudo era feito pela Igreja. Embora a maior parte das suas riquezas fosse gasta egoisticamente, em ostentações fastosas, justo é reconhecer que muito dinheiro era gasto também em benefícios dos doentes e dos pobres.
ÍNDICE
A preparação para o Cristianismo
01 - A contribuição dos Romanos, Gregos e Judeus
02 - Como era o mundo no surgimento do cristianismo
A fundação e expansão da Igreja
03 - Jesus e sua Igreja
04 - A Igreja Apostólica Até o Ano 100
A Igreja antiga (100 - 313)
05 - O mundo em que a Igreja vivia (100 - 313)
06 - Características da Igreja Antiga (100-313)
A Igreja antiga (313- 590)
07 - O mundo em que a Igreja vivia (313 - 590)
08 - Características da Igreja Antiga (313-590)
A Igreja no início da Idade Média (590 - 1073)
09 - O mundo em que a Igreja vivia (590-1073)
10 - Características da Igreja no início da Idade Média
11 - O cristianismo em luta com o paganismo dentro da Igreja
A Igreja no apogeu da Idade Média (1073 - 1294)
12 - A Igreja no Ocidente - O papado Medieval - Hildebrando
13a - Inocêncio III
13b - A Igreja Governa o Mundo Ocidental
14 - A guerra da Igreja contra o Islamismo - As cruzadas
15 - As riquezas da Igreja ⬅️ Você está aqui!
16 - A organização da Igreja
17 - A disciplina e a lei da Igreja Romana
18 - O culto da Igreja
19 - O lugar da Igreja na religião
20 - A vida de alguns líderes religiosos: Bernardo, Domingos e Francisco de Assis
21 - O que a Igreja Medieval fez pelo mundo
22 - A igreja Oriental
Decadência e renovação na Igreja Ocidental (1294 - 1517)
23 - Onde a Igreja Medieval falhou
24 - Movimentos de protesto: Cataristas, Valdeneses, Irmãos
25 - A queda do Papado
26 - Revolta dentro da igreja: João Wycliff e João Huss
27 - Tentativas de reforma dentro da Igreja
28 - A Renascença e a inquietude social como preparação para a Reforma
Revolução e reconstrução (1517 - 1648)
29 - A Reforma Luterana
30 - Como Lutero se tornou reformador
31 - Os primeiros anos da Reforma Luterana
32 - Outros desdobramentos da Reforma Luterana
33 - A Reforma na Suíça - Zuínglio
34 - Calvino - líder da Reforma em Genebra
35 - A Reforma na França
36 - A Reforma nos Países Baixos
37 - A Reforma na Escócia, Alemanha e Hungria
A era da Reforma (1517 - 1648)
38 - A Reforma na Inglaterra
39 - Os Anabatistas
40 - A Contra-Reforma
41 - A Guerra dos Trinta Anos
42 - Missões
O cristianismo na Europa (1648 - 1800)
43 - A França e a Igreja Católica Romana
44 - A Igreja Católica Romana e a Revolução Francesa
45 - O declínio religioso após a Reforma
46 - A Igreja Oriental
47 - A Regra Puritana
47b - O Pietismo
48 - Restauração
49 - Revolução
50 - Declínio Religioso no começo do século 18
51 - O Reavivamento do Século 18 e seus resultados
52 - Os Pactuantes (Covenanters)
53 - O Século 18 na Escócia
54 - O Presbiterianismo na Irlanda
O Século 19 na Europa
55 - O Catolicismo Romano
56 - O Protestantismo na Alemanha, França, Holanda, Suíça, Escandinávia e Hungria
57 - O Movimento Evangélico na Inglaterra
58 - O Movimento Liberal
59 - O Movimento Anglo-Católico
60 - As Igrejas Livres
61 - As Igrejas na Escócia: despertamento, descontentamento e cisão
62 - As missões e o cristianismo europeu
O Século 20 na Europa
63 - História Política até 1935
64 - O Catolicismo Romano
65 - O Protestantismo no Continente
66 - A Igreja da Inglaterra
67 - As Igrejas Livres
68 - A Escócia
69 - A Igreja Ortodoxa Oriental
70 - Outros países orientais
71 - O Movimento Ecumênico
O cristianismo na América
72 - As primeiras tentativas
73 - As Treze Colônias
74 - Reconstrução e reavivamento após a Guerra da Independência
75 - O Século 19 até 1830 - Unitarianos, Discípulos e Missionários
76 - Expansão, Divisões e Abolição: O Impacto da Religião na América Pré-Guerra Civil (1830-1861)
77 - Entre a Guerra e a Reconstrução: O Papel das Igrejas de 1861 a 1890
78 - Imigração, Cristianismo Social e o Impacto da Primeira Guerra Mundial (1890 - 1929)
79 - Transformação e Resiliência: O Cristianismo Durante a Grande Depressão (1929 - 1940)
Dum modo ou de outro, a Igreja dominava uma grande parte das terras da Europa ocidental. Não seria exagero afirmar que na França, Alemanha e Inglaterra a igreja dominava a quarta parte dos territórios. Na Itália e na Espanha ela possuía mais.
Dízimas, indulgências e tributos: As fontes da riqueza eclesiástica
Uma renda incalculável de todas essas terras fluía continuamente para os cofres da Igreja, tanto as dízimas que eram as taxas eclesiásticas pagas por toda a gente, como os tributos que se cobravam pelos serviços religiosos, além das vendas das indulgências, que muito rendiam.
O papa recebia para si próprio os impostos dos Estados Papais e do óbulo de São Pedro, óbulo que todos pagavam. Também o papa cobrava um imposto, do clero e contribuições outras dos bispados, em virtude do ofício dos bispos, e arrecadava muitas outras taxas de várias naturezas.
Foi assim que essa grande igreja internacional se tornou o poder mais rico do mundo, ultrapassando, na Europa, a qualquer governo, em recursos financeiros. Mesmo que os homens não acreditassem na sua autoridade divina, ao menos a temiam por sua tremenda influência, por suas enormes riquezas.
Riqueza vs. Caridade: O paradoxo do poder da Igreja na sociedade medieval
Devemos lembrar, Todavia, que a Igreja mantinha muitas instituições de caridade. Hoje em dia muitas obras dessa natureza são realizadas pelos governos, por organizações particulares e instituições seculares, além do trabalho, das igrejas neste particular.
Mas na Idade Média as condições eram outras. Praticamente quase tudo era feito pela Igreja. Embora a maior parte das suas riquezas fosse gasta egoisticamente, em ostentações fastosas, justo é reconhecer que muito dinheiro era gasto também em benefícios dos doentes e dos pobres.
ÍNDICE
A preparação para o Cristianismo
01 - A contribuição dos Romanos, Gregos e Judeus
02 - Como era o mundo no surgimento do cristianismo
A fundação e expansão da Igreja
03 - Jesus e sua Igreja
04 - A Igreja Apostólica Até o Ano 100
A Igreja antiga (100 - 313)
05 - O mundo em que a Igreja vivia (100 - 313)
06 - Características da Igreja Antiga (100-313)
A Igreja antiga (313- 590)
07 - O mundo em que a Igreja vivia (313 - 590)
08 - Características da Igreja Antiga (313-590)
A Igreja no início da Idade Média (590 - 1073)
09 - O mundo em que a Igreja vivia (590-1073)
10 - Características da Igreja no início da Idade Média
11 - O cristianismo em luta com o paganismo dentro da Igreja
A Igreja no apogeu da Idade Média (1073 - 1294)
12 - A Igreja no Ocidente - O papado Medieval - Hildebrando
13a - Inocêncio III
13b - A Igreja Governa o Mundo Ocidental
14 - A guerra da Igreja contra o Islamismo - As cruzadas
15 - As riquezas da Igreja ⬅️ Você está aqui!
16 - A organização da Igreja
17 - A disciplina e a lei da Igreja Romana
18 - O culto da Igreja
19 - O lugar da Igreja na religião
20 - A vida de alguns líderes religiosos: Bernardo, Domingos e Francisco de Assis
21 - O que a Igreja Medieval fez pelo mundo
22 - A igreja Oriental
Decadência e renovação na Igreja Ocidental (1294 - 1517)
23 - Onde a Igreja Medieval falhou
24 - Movimentos de protesto: Cataristas, Valdeneses, Irmãos
25 - A queda do Papado
26 - Revolta dentro da igreja: João Wycliff e João Huss
27 - Tentativas de reforma dentro da Igreja
28 - A Renascença e a inquietude social como preparação para a Reforma
Revolução e reconstrução (1517 - 1648)
29 - A Reforma Luterana
30 - Como Lutero se tornou reformador
31 - Os primeiros anos da Reforma Luterana
32 - Outros desdobramentos da Reforma Luterana
33 - A Reforma na Suíça - Zuínglio
34 - Calvino - líder da Reforma em Genebra
35 - A Reforma na França
36 - A Reforma nos Países Baixos
37 - A Reforma na Escócia, Alemanha e Hungria
A era da Reforma (1517 - 1648)
38 - A Reforma na Inglaterra
39 - Os Anabatistas
40 - A Contra-Reforma
41 - A Guerra dos Trinta Anos
42 - Missões
O cristianismo na Europa (1648 - 1800)
43 - A França e a Igreja Católica Romana
44 - A Igreja Católica Romana e a Revolução Francesa
45 - O declínio religioso após a Reforma
46 - A Igreja Oriental
47 - A Regra Puritana
47b - O Pietismo
48 - Restauração
49 - Revolução
50 - Declínio Religioso no começo do século 18
51 - O Reavivamento do Século 18 e seus resultados
52 - Os Pactuantes (Covenanters)
53 - O Século 18 na Escócia
54 - O Presbiterianismo na Irlanda
O Século 19 na Europa
55 - O Catolicismo Romano
56 - O Protestantismo na Alemanha, França, Holanda, Suíça, Escandinávia e Hungria
57 - O Movimento Evangélico na Inglaterra
58 - O Movimento Liberal
59 - O Movimento Anglo-Católico
60 - As Igrejas Livres
61 - As Igrejas na Escócia: despertamento, descontentamento e cisão
62 - As missões e o cristianismo europeu
O Século 20 na Europa
63 - História Política até 1935
64 - O Catolicismo Romano
65 - O Protestantismo no Continente
66 - A Igreja da Inglaterra
67 - As Igrejas Livres
68 - A Escócia
69 - A Igreja Ortodoxa Oriental
70 - Outros países orientais
71 - O Movimento Ecumênico
O cristianismo na América
72 - As primeiras tentativas
73 - As Treze Colônias
74 - Reconstrução e reavivamento após a Guerra da Independência
75 - O Século 19 até 1830 - Unitarianos, Discípulos e Missionários
76 - Expansão, Divisões e Abolição: O Impacto da Religião na América Pré-Guerra Civil (1830-1861)
77 - Entre a Guerra e a Reconstrução: O Papel das Igrejas de 1861 a 1890
78 - Imigração, Cristianismo Social e o Impacto da Primeira Guerra Mundial (1890 - 1929)
79 - Transformação e Resiliência: O Cristianismo Durante a Grande Depressão (1929 - 1940)