Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem - Efésios 4.29 (Mateus 7.1-5).
Certo homem, depois de muitos anos de trabalho e meditação sobre a melhor maneira de atravessar o rio diante de sua casa, construiu uma pinguela sobre ele.
Acontece que os habitantes da aldeia raramente ousavam atravessá-la, por causa da sua precariedade.
Acontece que os habitantes da aldeia raramente ousavam atravessá-la, por causa da sua precariedade.
Um belo dia apareceu por ali um engenheiro, e junto com os habitantes, construiu uma ponte, o que deixou enfurecido o construtor da pinguela.
A partir daí, ele começou a dizer, para quem quisesse ouvir, que o engenheiro tinha desrespeitado o seu trabalho.
Um dos moradores lhe disse:
- O senhor é um cidadão respeitado e nós gostamos do senhor. Acontece que, se as pessoas acham a ponte mais bela e mais útil que a pinguela, o que podemos fazer. Se as pessoas preferem cruzar a ponte, porque não respeitar o desejo delas?
Aquele homem deixou-se levar pela amargura e ao invés de tentar melhorar a sua pinguela, passava o tempo todo criticando a ponte.
Jesus disse que devemos ter cuidado no julgar, no criticar. É fácil apontar os defeitos do outro e ao mesmo tempo minimizar nossas falhas.
Deveríamos primeiro olhar para nós mesmos, para a qualidade de nosso trabalho. “Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão” (Mt 7.5).
Ver claramente.
Faltou isso para o construtor da pinguela. Ele deveria ter ficado feliz com a construção da ponte. Ela tornava até mesmo sua vida mais segura. Mas ele só enxergava o que queria ver. Deixou-se levar pela tristeza, frustração, pela doença da amargura.
Devemos nos livrar de toda amargura e indignação. Paulo diz em Efésios 4.32: “Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo”.
Não devemos deixar os maus pensamentos terem seu espaço ampliado em nossa mente. No lugar de vivermos irados, devemos apaziguar a ira antes que o sol se ponha.
Por Hebert Gonçalves