Êxodo 8.25-28 e 10.7-10, 24-26
No ano de 1993, assistimos a um famoso e polêmico filme, Proposta Indecente, com um famoso elenco, que discutia um assunto muito sério com referência a família.
Um jovem casal com problemas financeiros vai até Las Vegas jogar nos Casinos para tentar a sorte. Lá encontram um bilionário que oferece a soma de um milhão de dólares para passar uma noite com a jovem esposa.
Um jovem casal com problemas financeiros vai até Las Vegas jogar nos Casinos para tentar a sorte. Lá encontram um bilionário que oferece a soma de um milhão de dólares para passar uma noite com a jovem esposa.
Depois de muito relutarem aquiescem e no dia seguinte uma crise se estabelece no relacionamento do casal. Perceberam eles, tardiamente, que o valor familiar é um bem inegociável.
Só com muita dor, sacrifício e perdão, depois de devolverem o dinheiro é que puderam se refazer do mal que a ambição causara a ambos.
Só com muita dor, sacrifício e perdão, depois de devolverem o dinheiro é que puderam se refazer do mal que a ambição causara a ambos.
Nos textos que vimos acima no Êxodo vemos que em meio às grandes pragas que abatiam o Egito um problema mais sério e profundo era discutido nos bastidores palacianos.
Faraó queria negociar com Moisés e Arão valores espirituais, familiares e materiais. E eles não aceitaram nenhuma das “QUATRO PROPOSTAS INDECENTES”
Faraó queria negociar com Moisés e Arão valores espirituais, familiares e materiais. E eles não aceitaram nenhuma das “QUATRO PROPOSTAS INDECENTES”
I – PRIMEIRA PROPOSTA INDECENTE – ‘ADOREM A DEUS NO EGITO’
“Chamou Faraó a Moisés e a Arão e disse: Ide, oferecei sacrifícios ao vosso Deus nesta terra.”
a) Faraó deseja controlar o Culto a Deus uma vez que ele se considerava deus. Sabemos que esse bem inegociável, inalienável não pode sofrer influência de quem que seja. Cristo disse que “os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.”(Jo 4.23).
b) Se por um lado o nosso culto é espiritual por outro lado deve sê-lo como e onde Deus quer e não onde o mundo determine. Deus exige completa separação do mundo, isto é, dos seus valores secularistas.
Não deve haver nenhuma amizade com o mundo e seus valores uma vez que isso caracteriza inimizade com Deus. Tiago 4.4 diz: “Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus?
Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus.” Como estamos adorando o nosso Deus?
Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus.” Como estamos adorando o nosso Deus?
II – A SEGUNDA PROPOSTA INDECENTE – ‘NÃO VÃO MUITO LONGE’
“Então, disse Faraó: Deixar-vos-ei ir, para que ofereçais sacrifícios ao SENHOR, vosso Deus, no deserto; somente que, saindo, não vades muito longe; orai também por mim” (8.28).
Em outras palavras o que Faraó dizia reflete o pensamento e as palavras do mundo: ‘Não sejam fanáticos!’
Tudo bem ter religião; mas não tomem tão a sério o seu compromisso com Deus. Aqui temos a tentação de ser ‘crentes fronteiriços’ estando perto de Deus e do mundo ao mesmo tempo”.
Tudo bem ter religião; mas não tomem tão a sério o seu compromisso com Deus. Aqui temos a tentação de ser ‘crentes fronteiriços’ estando perto de Deus e do mundo ao mesmo tempo”.
Ricardo Gondin em seu livro sobre esse assunto nos mostra que o crente fronteiriço, a família fronteiriça são aqueles que:
a) Nunca venceu o espírito de cobiça que possui os homens do mundo;
b) Não libertou-se do grosseiro modo de pensar como o mundo;
c) Continua vencido e dominado pelos apelos do mundo. “Homem e mulher, diz Ricardo, “separados de Deus vivem com febre de ansiedade, por confiar em suas próprias forças e esquecer que “o povo que conhece ao seu Deus se esforçará e fará proezas” (Dn 11.32).
III – A TERCEIRA PROPOSTA INDECENTE – ‘SÓ OS HOMENS DEVEM IR’
“Então, Moisés e Arão foram conduzidos à presença do Faraó; e este lhes disse: Ide, servi ao SENHOR, vosso Deus; porém quais são os que hão de ir? Respondeu-lhe Moisés: Havemos de ir com os nossos jovens, e com os nossos filhos e com as nossas filhas, e com os nossos rebanhos, e com os nossos gados; havemos de ir, porque temos de celebrar a festa do Senhor. Replicou-lhes Faraó: Seja o SENHOR convosco, caso eu vos deixe ir e as crianças. Vede, pois tendes conosco más intenções. Não há de ser assim; ide somente vós os homens, e servi ao SENHOR; pois isso é o que pedistes” (Êxodo 10.7-10).
Esta proposta de Faraó queria dizer que os homens teriam que deixar a esposa e os filhos no mundo. No entanto, sabemos que a fé envolve a família toda. É privilégio do esposo guiar a sua família em adoração constante a Deus.
Que infelicidade daqueles que não se preocupam com esse maravilhoso privilégio de estar levando perante o trono da graça toda a sua família.
Nesta proposta em que a família está sendo negociada Moisés mostra que a família é um bem inegociável e inalienável também. Não se deixa para trás a família como Faraó desejava.
Nesta proposta em que a família está sendo negociada Moisés mostra que a família é um bem inegociável e inalienável também. Não se deixa para trás a família como Faraó desejava.
IV – A QUARTA PROPOSTA INDECENTE – ‘DEIXEM AS SUAS POSSESSÕES’
“Então Faraó chamou a Moisés, e lhe disse: Ide, servi ao SENHOR. Fiquem somente os vossos rebanhos e o vosso gado; as vossas crianças irão também convosco. Respondeu Moisés: Também tu nos tens de dar em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, que ofereçamos ao SENHOR nosso Deus. E também os nossos rebanhos irão conosco, nem uma unha ficará; porque deles havemos de tomar, para servir ao SENHOR nosso Deus, e não sabemos com que havemos de servir ao SENHOR, até que cheguemos lá.” (Ex 10.24-26)
Esta quarta e indecente proposta foi também reprovada uma vez que o crente entende que tudo o que tem e o que possui pertence a Deus uma vez que Ele é o Senhor absoluto de tudo. O Salmista cantava isso dizendo: “Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e todos os que nele habitam.” (Sl 24.10).
Tudo o que temos pertence a Cristo, por isso agrada a Satanás apoderar-se da nossa riqueza material para não podermos usá-la para o nosso bem e conforto, e, também, para a causa, o Reino do Senhor Jesus.
Conclusão
Moisés não aceitou nenhuma dessas propostas indecentes feitas pelo Faraó. Cada uma delas foi rechaçada. O valor espiritual, o valor da família, os valor material honesto, é inegociável e intransferível. Isso é o que devemos fazer quando nos confrontamos com as propostas do diabo ou do mundo.
Não podemos estabelecer nenhum compromisso com este mundo e o seu príncipe, Satanás. Fazer negócios com o mundo não o apazigua e nem o torna nosso amigo. Devemos obedecer a Deus separando-nos completamente desse mundo de maldade e engano.
Por Antonio Coine