“Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.” (Isaías 53.4)
Quando levamos em consideração a Paixão e a Morte do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo observamos a extensão do seu sofrimento, que ultrapassa os limites da capacidade humana, e tudo isso para nos conceder perdão, nos resgatar do inferno, nos reconciliar com Deus e nos conceder vida eterna.
Qualquer texto que leiamos sobre o sofrimento vicário de Jesus deve nos levar, ou a emoções profundas, lágrimas, ou, à reflexão reverente.
Vejamos neste texto de Isaías 53.4 grandes vislumbres dos Três Grandes Momentos do Sofrimento do nosso Salvador e Senhor.
I – A AGONIA DO GETSÊMANI
Sentimento de Abandono – Jesus, O Aflito de Deus.
Os Evangelhos narram com riqueza de detalhes o momento de profunda aflição pela qual passa o Senhor antecipando a sua prisão e julgamento.
Mateus 26.37 nos diz que Ele “começou a entristecer-se e a angustiar-se. Marcos 14.33 nos diz que “começou a sentir-se tomado de pavor e de angústia.”
Lucas, como médico escreve com precisão científica quando nos diz: “E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.” (Lc 22.44).
Isaías, setecentos anos antes nos fala dEle sobre o fato de o reputarmos por aflito. De fato, a aflição antecipada pelo seu Onisciente conhecimento do que iria lhe suceder foi um fato real.
Vemos no Getsêmani Jesus como O aflito de Deus, totalmente abandonado. Primeiramente pelos seus que dormem enquanto ele agoniza e, logo depois quando fogem perante as forças inimigas que O prendem e O levam para julgamentos perante o Sinédrio Judaico e a Corte Romana.
A aflição era a do mundo estar contra Ele o que era um fato real, pois Ele arcava com toda a culpa humana.
A aflição era a do mundo estar contra Ele o que era um fato real, pois Ele arcava com toda a culpa humana.
II – A AGONIA DO JULGAMENTO
Sentimento de Desprezo - Jesus, O Oprimido de Deus.
“Os que detinham Jesus zombavam dele, davam-lhe pancadas e, vedando-lhe os olhos diziam: Profetiza-nos quem é que te bateu? E muitas outras coisas diziam contra ele, blasfemando.” (Lucas 22.63-65).
A maior dor que uma pessoa pode sentir não é a da agressão física e sim do desprezo. Jesus foi desprezado o que Lhe causou uma profunda dor.
Isaías, antecipando este quadro nos revela que “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca....o mais rejeitado dentre os homens.” (Is 53.7a,3)
F.B.Meyer escreve: “Aqui temos a manifestação do mal oculto que há no coração humano e que se revela ao contato com a infinita pureza de Deus, à semelhança do mau odor da água estagnada que sobe à tona pela ação do sol de verão.”
F.B.Meyer escreve: “Aqui temos a manifestação do mal oculto que há no coração humano e que se revela ao contato com a infinita pureza de Deus, à semelhança do mau odor da água estagnada que sobe à tona pela ação do sol de verão.”
Na sua prisão no Getsêmani e durante todo aquele processo mentiroso contra o Senhor Jesus cremos que os anjos precisaram se conter.
III – A AGONIA DA CRUZ
Sentimento de Aflição – Jesus, O Ferido de Deus.
“Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda.” Lc 23.33).
Jesus como, O Ferido de Deus, é visto, antecipadamente, por Isaías 53.5: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.”
Os ferimentos de Jesus falam do seu:
a) Caráter Substitutivo. “ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele,”. Ele toma o nosso lugar, nos substitui no castigo.
b) Caráter Redentivo. “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.” (Is 53.6). O caráter redentivo de Cristo se reflete no fato dEle ter tomado sobre si nossos pecados e pela Sua morte na cruz, ter conseguido para cada um de nós o perdão eterno.
Por Antonio Coine