“A sua rival a provocava excessivamente para a irritar, (v.6a)...a outra a irritava; pelo que chorava e não comia” (v.7b) - 1 Samuel 1.1-8
Estamos neste mês de maio tratando sobre a família. Vimos neste fabuloso texto de Samuel que:
a) Elcana representa a família do crente fundamentada nos valores espirituais e morais.
b) Ana representa a família do crente fundamentada na vida de oração.
Hoje veremos outra personagem desta família, chamada Penina, representando os problemas, as adversidades as lutas como fatores estressantes de um lar.
Penina, no hebraico significa pérola. Sabemos que a pérola é fruto de um fator adverso dentro da concha de uma ostra. Quando um grão de areia, ou qualquer organismo entra na ostra, esta, imediatamente, tenta se livrar daquele corpo estranho dentro dela.
Passa então a jogar uma secreção ao redor daquele corpo para se proteger e no decorrer do tempo aquilo é transformado numa preciosíssima pérola. Os lares cristãos, muitas vezes são visitados pelos corpos estranhos das lutas, problemas e adversidades.
Será que temos capacidade de transformar tudo isso em bênçãos? O que aprendemos com as Adversidades dentro do Lar?
I – APRENDEMOS QUE AS ADVERSIDADES NO LAR SÃO COISAS NATURAIS DENTRO DE SUA REALIDADE
No texto lido vamos deparar nos vv 6a e 7b que, o relacionamento no lar de Elcana, entre suas duas esposas Ana e Penina, era dos mais difíceis. Vejamos o que o escritor sagrado nos diz sobre elas: “A sua rival [Penina] a provocava [Ana] excessivamente para a irritar,...a outra a irritava; pelo que chorava e não comia”.
As adversidades surgem dentro do lar a qualquer momento, queiramos ou não. Sabemos que o casamento passa por algumas etapas e poderíamos vê-las do seguinte modo:
a) Da lua de mel. Este é o seu primeiro período que pode durar alguns anos e nele estão inseridos fatores de amor, relacionamentos, novidades.
b) Da adaptação do casal. Cada um começa a mostrar aquilo que realmente é, pois cada pessoa traz de casa: costumes, temperamentos, modos. Nesse período é revelado o verdadeiro eu e é justamente a partir daí que entra um outro período.
c) Da aceitação. Aceitação é entender o que verdadeiramente é o outro e a compreensão de um para com o outro. Neste período tudo está sedimentado e nada se muda. Mas se houver incompatibilidade de gênios, incompreensão então o desentendimento tomará lugar e o lar não superará a crise.
II – APRENDEMOS QUE AS ADVERSIDADES NO LAR SERVEM PARA AMADURECER A FAMÍLIA
II – APRENDEMOS QUE AS ADVERSIDADES NO LAR SERVEM PARA AMADURECER A FAMÍLIA
Rivalidade, provocação, irritação conforme nos mostra o v. 6, são fatores que poderão levar a família que é composta de marido, mulher, filhos, noras, genros, netos que a vão compondo, a uma superação através de um amadurecimento sadio, ou a uma divisão dentro deste maravilhoso corpo marcado pela desarmonia, desentendimentos e consequentemente amargura e tristeza como era o caso de Ana (v.7).
Somos acossados por problemas dentro da família, tais como:
a) Econômicos, gerados pelo desemprego, pelo salário que não cobre as despesas.
b) Saúde, através da enfermidade de um ou de ambos os cônjuges, ou dos filhos.
c) Rivalidades entre seus membros, esposos, pais, filhos, noras, genros, etc. Mas se houver sabedoria na administração deles o fator amadurecimento os sobrepujará, pois a “adversidade é um bom teste da nossa elasticidade, nossa habilidade de vencer obstáculos...um pedagogo que machuca” escreveu C. Swindoll.
III – APRENDEMOS QUE AS ADVERSIDADES NO LAR PODERÃO SER VENCIDAS COM A AJUDA DE DEUS
Lendo um artigo do ilustre missionário holandês Revdo. Francisco Leonardo Schalkwijk, ele disse que o segredo da duração do seu casamento, se devia ao fato de Deus os abençoar e que nas alianças deles está gravado Isaías 41.10 “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel”.
Vemos que três coisas importantes que Deus nos fala aqui:
a) Que está Conosco. “não temas, porque eu sou contigo”.
b) Que é o nosso Deus: “não te assombres, porque eu sou o teu Deus.” e
c) Que é: 1. Nossa força “eu te fortaleço”, 2. Nossa ajuda “eu te ajudo”, 3. Nosso sustento “eu te sustento”, por ser um Deus fiel.
Conclusão