Renovando o compromisso


Rev. Josimar Rocha


Pois, por meio da lei eu morri para a lei, a fim de viver para Deus. Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. - Gálatas 2:19-20 


É muito importante avaliarmos o grau de compromisso que temos com Deus. Você já fez essa avaliação?

Existem algumas realidades desse compromisso que o apóstolo Paulo aborda, que nos ajudam nesta análise.

1 - Estamos mortos para o pecado 
“Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.” Romanos 6.11.

Pode o cristão continuar no pecado pois sabe que será perdoado? A essa pergunta Paulo responde com um sonoro "não", que significa, literalmente, “nem se passe pela sua cabeça uma coisa desta”. 

Devemos nos considerar mortos para o pecado porque ele não tem mais domínio sobre nós. Mas quando não compreendemos isso caímos no erro da vida dupla.

Vivemos de acordo com nossos planos, vontade, ideais, pensamentos, mas ao mesmo tempo queremos viver como Cristo. Esta é a razão da falta de poder, e da frieza espiritual de muitos. 

Precisamos dar plena liberdade para que Cristo viva sua vida poderosa em nós. Isto mudará radicalmente o nosso ser. Isso não significa que o discípulo de Jesus não peca mais.

Mas sim que há um combate contra a prática do pecado, contra o desejo deliberado de continuar vivendo em uma vida contrária à vontade de Deus. 

O verdadeiro cristão tem nojo do pecado e um anseio interior de santidade e comunhão com Deus.



2 – Estamos vivos para Deus 
“ ...logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; “

Isso significa moldar a nossa vontade a de Deus e tudo que for feito será com o objetivo de agradar ao Senhor da nossa vida. 

Estar vivo para Deus significa viver pela fé e não por emoções passageiras, que são instáveis. Precisamos crer, que o nosso eu já foi crucificado com Cristo, e também crer que Ele está vivendo em nós. ".... e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.” 

Se nossas atitudes são muito diferentes das atitudes de Cristo, precisamos verificar se realmente estamos mortos para o pecado.

3 - As atitudes do compromisso.
A transformação da vida que ocorre quando recebemos a Cristo não se refere somente à libertação do pecado, dos vícios e da vida errada. Ela também inclui novos propósitos e novos ideais. 

A exemplo de Jesus (Lucas 22.42), o apóstolo Paulo, também mostra este compromisso de uma forma contundente e radical: “Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus. (Atos 20.24). 

Paulo decidiu viver para fazer a vontade de Deus pois tinha a convicção de que quando fechasse os olhos para a história estaria na presença de Deus e isso compensava qualquer luta e dificuldade. (Filipenses 1.20-21) 

A verdadeira vida cristã implica num compromisso muito sério, de morrer para o pecado, mundo, carne e diabo, e viver para Cristo. Essa foi a razão que levou Jim Elliot a afirmar: “Não é tolo aquele que abre mão do que não pode reter, para ganhar o que não pode perder”

Para pensar   
E você, já avaliou o seu compromisso com Deus considerando estas realidades?

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Josimar Gabriel da Rocha é pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil. Formou-se Bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul em 1993 Foi ordenado pastor em 1995. Trabalhou como missionário no Rio Grande do Sul como plantador da Igreja de Alegrete, RS.

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