Rev. Andrei Barros
Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra - Colossenses 3:2
Certa vez em tive oportunidade de ficar hospedado em um lugar que propiciava uma excelente visão do céu noturno.
Ao longo das noites, pude observar o movimento da Lua, a entrada de uma nova fase, identifiquei alguns planetas e pelas estrelas aparentemente estáticas percebi a rotação da Terra.
Ao longo das noites, pude observar o movimento da Lua, a entrada de uma nova fase, identifiquei alguns planetas e pelas estrelas aparentemente estáticas percebi a rotação da Terra.
Existe uma dinâmica acontecendo bem acima de nossas cabeças, mas que fica à parte de nossas vidas porque simplesmente quase não olhamos para o céu. Ao invés disso, estamos olhando para baixo, imersos demais nos problemas terrenos.
Na desesperança, nas coisas negativas, nas murmurações. Acabamos com isso perdendo a perspectiva, o sentido, o propósito e acabamos desanimados.
Na desesperança, nas coisas negativas, nas murmurações. Acabamos com isso perdendo a perspectiva, o sentido, o propósito e acabamos desanimados.
Conheci um professor de história, que sempre me falava, já aposentado: “Andrei, a humanidade está perdida”. De fato, quando pensamos numa perspectiva terrena chegamos a esta conclusão.
Outro dia compartilhei um artigo um tanto pessimista em relação à humanidade sem Deus. Alguém comentou que isso era puro pessimismo, que a vida era bela, leve e feliz.
Deveria ser para ele, que não nasceu entre os refugiados de uma guerra, não foi uma das muitas crianças separadas dos pais na época da escravidão, ou não está tendo a infância de jovens palestinos que chegam a comer grama para sobreviver diante da fome. A humanidade de fato está perdida. Basta olhar ao lado.
Deveria ser para ele, que não nasceu entre os refugiados de uma guerra, não foi uma das muitas crianças separadas dos pais na época da escravidão, ou não está tendo a infância de jovens palestinos que chegam a comer grama para sobreviver diante da fome. A humanidade de fato está perdida. Basta olhar ao lado.
“Pensai nas coisas lá do alto”, diz a Bíblia. Porém isso não significa simplesmente olhar para cima, para o céu estrelado e se alienar. Apesar da beleza poética do céu noturno e do poder de Deus demonstrado na obra da criação, pensar nas coisas lá do alto tem um significado mais profundo.
“Pensar nas coisas lá do alto” é ponderar, não no céu material e noturno, mas no céu como morada futura daquele que entregou sua vida a Jesus. É fixando o olhar em Cristo que renovamos a esperança na nossa caminhada nesse mundo repleto de espinhos. (Hebreus 3.1)
“Pensar nas coisas lá do alto” é ter um alvo. Como um corredor que desde a largada olha para a chegada e não perde o foco. Durante esta corrida ele tem consciência que o pecado e a maldade estão presentes, mas deve caminhar com fé, “exortando, consolando e dando testemunho”, vivendo “de maneira digna para Deus” que o chama “para o seu Reino e glória” (1 Tessalonicenses 2.12)
“Pensar nas coisas lá do alto” é o desapego das coisas mundanas. É abandonar o materialismo, egoísmo, injustiça, ódio e maldade. Pois “se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele” (1 João 2.15). Significa que morremos para o pecado e nossa vida, como um precioso tesouro bem guardado, já está “oculta juntamente com Cristo, em Deus” (Colossenses 3.3).
“Pensar nas coisas lá do alto” é refletir sobre o caráter destes futuros cidadãos do céu que devem aqui expressar o que são (Salmo 15). É, de acordo com Jesus, ser bem aventurado praticando a humildade, o arrependimento, a mansidão, a justiça, tendo mente e coração limpos, sendo um pacificador e resistindo as perseguições (Mateus 5.3-12)
Enfim, para pensar nas coisas lá do alto não adianta olhar para cima, para o céu noturno. É necessário olhar para a Bíblia, que nos apresenta valores elevados e celestes.
“Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas.” - Filipenses 4:8