Há dias conversando com um amigo ele me disse que seria tão bom se todos fossem bons. Eu me lembrei de uma frase que um grande escritor de peças teatrais coloca na boca de um de seus personagens - como é bom ser bom!
O homem, por proceder de Deus, tem algumas características de seu criador. Esse Deus faz nascer o sol e descer a chuva sobre os justos e injustos, que a todos ama apesar da fraqueza do homem.
Jesus expressou a necessidade de amor entre os homens quando disse que o maior mandamento da lei é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Por que é que há tanta maldade no mundo? Porque o homem não é capaz de amar. O que determina a ação dos homens é o egoísmo e, por isso, nada que não traga vantagem imediata para o "eu" é praticado, e amar ao próximo não traz vantagem imediata a não ser para o próximo.
A recompensa do amor ao próximo é a longo prazo. Muitas vezes o homem pratica um ato de amor a uma pessoa necessitada e só depois de muito tempo é que recebe uma recompensa pelo que fez.
A recompensa do amor ao próximo é interior. Quando se tem consciência da necessidade de amar, o sujeito da ação de amar se sente intimamente bem. Se não sentir esse estado bom de espírito é porque o ato que praticou não expressou verdadeiro amor e então não há recompensa.
Um moço certa vez procurou Jesus querendo saber o caminho da salvação. Bom mestre, disse o moço, que coisa boa farei para herdar a vida eterna?
Jesus observou - por que me chamas bom, não há nem um só que seja bom, a não ser Deus. Depois na parábola dos talentos Jesus diz que, no acerto de contas, o senhor diz ao servo trabalhador: bom e fiel servo, já que foste fiel no pouco confiar-te-ei o muito, entra no gozo do teu senhor.
Ao moço rico Jesus diz que não há ninguém bom, na parábola ele chama o servo trabalhador de bom servo. Como se explica isso? Fácil. Por natureza ninguém é bom, mas em Cristo o homem aprende a ser bom. Só o evangelho habilita o homem a praticara bondade aprovada por Deus.
Então descobrimos que qualquer ato de bondade que não seja feito como consequência da mensagem de Cristo no coração do homem não é bondade genuína.
O apóstolo Paulo chega a afirmar que tudo que não é de fé é pecado! Até as coisas boas quando feitas fora de um contexto de fé se tornam pecado, isto é, não atingem o seu objetivo.
Então, se é bom ser bom, muito melhor é ser bom aprendendo a bondade com Cristo, o Filho de Deus que se deu a si mesmo pelo homem.
O que falta é bondade? Nem tanto. O que falta é qualidade da bondade - bondade cristã.
Por Samuel Barbosa