Havia, numa pequena cidade, uma mulher muito rica. Possuía tudo aquilo que aparentemente pode dar felicidade a uma pessoa: bela mansão na cidade, bela fazenda, joias, vestes, caras, prestígio social, tudo, mas não era feliz.
Sua lavadeira era uma mulher muito pobre, mas vivia sempre em paz consigo mesma porque vivia sempre em paz com Deus e, como consequência vivia em paz também com o próximo. Não tinha aparentemente nada que pudesse dar felicidade a uma pessoa, mas tinha o poder da fé, era uma crente fiel em Jesus Cristo.
Um dia a mulher rica convidou a lavadeira para entrar em sua casa. Introduziu-a nos aposentos, mostrou-lhe seus melhores vestidos, sapatos ainda sem uso, suas mais valiosas joias, tudo.
A lavadeira, espantada, perguntou porque ela estava fazendo aquilo, se era para humilhá-la num confronto entre a riqueza de uma e a pobreza da outra!
- Não. Respondeu a mulher. Eu estou lhe mostrando tudo isso para dizer-lhe que eu daria tudo isso e muito mais para ter a paz que eu vejo no seu semblante todos os dias. Disse isso com lágrimas nos olhos.
Daí concluímos que a felicidade não pode ser comprada, a prova disso é que há, tanto pobres como ricos infelizes. O dinheiro, sendo matéria só pode comprar a matéria e a felicidade, sendo um estado de alma, não pode ser comprada com a matéria. É necessário algo mais do que o dinheiro para se obter a felicidade.
Certa ocasião, uma velhinha viajava num ônibus urbano, no Rio de Janeiro. Chorava o tempo todo. Quando se aproximou de seu ponto de desembarque no centro da cidade, ela, num esforço muito grande, parou de chorar, empoou o rosto e desceu.
Mais adiante postou-se numa esquina e passou a apregoar a felicidade: - quem quer comprar a sorte grande? perguntava a mulher aos passantes. Ela, uma infeliz que chorava, oferecia a sorte grande e a felicidade aos outros!
O poeta já dizia que há pessoa cuja única ventura é parecer aos outros venturosa. A felicidade não é uma máscara que a gente põe e tira quando quer. O homem sempre tenta esconder sua infelicidade dos outros homens. Deus, porém, vê o coração e sabe o quanto e quando somos infelizes. Deus nos vê sem a máscara da hipocrisia e, por isso, providenciou ao homem um meio verdadeiro de ser feliz.
E qual é esse meio?
Jesus Cristo no seu belo sermão do monte, depois de estabelecer a diferença entre valores essenciais e valores acidentais, afirmou: "mas buscai em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça e todas as demais coisas vos serão acrescentadas".
O reino de Deus é o domínio de Deus na vida das pessoas; o reino de Deus é a obediência aos princípios do evangelho de Jesus Cristo.
A quem procura viver segundo esse evangelho está assegurado o direito de paz e de tranquilidade: "Vinde a mim todos vós que vos achais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei", é a garantia do Mestre.
A felicidade é um estado de espírito e somente valores espirituais poderão assegurar a verdadeira felicidade ao homem. Jesus ensinou que a felicidade de um homem não consiste na abundância de bens que ele possui. Chegou mesmo a lançar o desafio: "que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?". Ou então esta outra indagação: "que dará o homem em troca de sua alma?"
A verdadeira felicidade consiste em aceitar o domínio de Jesus Cristo para a vida e praticar seus ensinamentos na vida diária.
Já se argumentou que a felicidade está onde nós a pomos e nunca a pomos onde nós estamos. Outro comparou a felicidade com uma bola que futebol que o jogador luta tanto para apanhá-la e quando a apanha, chuta-a para longe de si.
Jesus Cristo equaciona bem o problema da felicidade e apresenta a solução quando convida: vinde a mim todos que vos achais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei.
Atendendo a esse convite o homem será feliz e a sua felicidade aparecerá no seu semblante como aparecia no semblante da lavadeira de modo a impressionar e a ser notado pela rica patroa. Uma felicidade indestrutível porque alicerçada em fundamento eterno - a fé em Jesus Cristo e a direção de Deus na vida.
Por Samuel Barbosa