Há uma onda de pavor se espalhando pelo mundo. O homem não está contente com a vida rotineira que vive. Então começa a inventar guerras, armas, sequestros, terror.
A vida é tão boa, tanto que ninguém quer morrer! No entanto, ao invés de preparar uma vida melhor para si e para o próximo, o homem está complicando cada vez mais a sua já complicadíssima situação.
É o progresso que inventa o homem biônico, o homem robô para roubar do homem o direito de ser homem (e de roubo já andamos saturados). O homem se maquiniza, se desumaniza! Isso é triste.
Por outro lado observamos uma coisa muito importante: o homem ainda não esqueceu o caminho da Igreja. Isso é bom. Isso prova que as invenções humanas não são capazes de substituir essa entidade fundada por Jesus Cristo, selada com sua morte e confirmada com a sua ressurreição - a Igreja Cristã.
Enquanto o homem souber o caminho da Igreja, enquanto o homem souber onde se refugiar nos momentos de crise e instabilidade, haverá esperanças para o mundo, nem tudo estará perdido.
Os templos das diversas denominações evangélicas, cristãos, estão cheios de pessoas que, consciente ou inconscientemente, buscam na religião a solução para seus males.
Todas as semanas o povo tem um momento - mesmo que seja só um momento - para encontrar-se com Deus na sua Igreja, para fortalecer a sua fé, para recuperar suas energias gastas durante a semana, na luta pela vida.
Todas as semanas o povo tem um momento - mesmo que seja só um momento - para encontrar-se com Deus na sua Igreja, para fortalecer a sua fé, para recuperar suas energias gastas durante a semana, na luta pela vida.
Os templos são verdadeiros postos de abastecimento espiritual. Passamos a semana gastando "combustível", nesta vida agitada e desgastante que vivemos metidos, por forças da exigências da própria vida.
Então chega o domingo, o Dia do Senhor, - e então cada um vai à sua Igreja e lá, a seu modo, adora a Deus e se prepara para mais uma jornada de seis dias. Se Deus aceita a adoração do homem é outro problema que não nos compete esclarecer, mas o homem se sente aliviado e preparado para continuar.
A salvação do mundo está no sentido religioso da vida de cada um. Enquanto houver religião, aquela que o apóstolo Tiago definiu como "visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo", definição que podemos simplificar para "prática do amor fraternal e santificação pessoal" o mundo não estará perdido, restará sempre uma esperança.
O mal se cansará um dia, ao passo que o bem jamais se cansará, pois tem a incentivá-lo o próprio Cristo que é eterno e incansável.
Uma grande responsabilidade pesa sobre os ombros de todos os cristãos: a responsabilidade de praticar, na vida, os ensinamentos do seu Cristo.
O apóstolo Tiago escreveu em sua carta "aquele, porém que atenta para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, esse será bem aventurado no seu feito".
O apóstolo Tiago escreveu em sua carta "aquele, porém que atenta para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, esse será bem aventurado no seu feito".
Fazedores da obra de Jesus Cristo, eis o que está faltando no mundo. Nada de cristianismo teórico. Teoria só não está faltando no mundo. O cristão deve fazer a obra de Cristo - prática do amor fraternal e santificação pessoal, purificação de pensamentos e de sentimentos.
Quando isso for praticado por todos os cristãos, o mundo será mais será feliz e o mal será vencido. Então se cumprirão as palavras de Jesus Cristo a respeito de sua Igreja - as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Ao moço rico que procurou Jesus, preocupado com a sua situação pessoal, querendo saber o que fazer para ser salvo, depois de afirmar que já era um religioso teórico - sobre os mandamentos disse tê-los guardado todos desde a sua mocidade - Jesus mostrou que faltava a ele era a prática do amor cristão: "vai, vende tudo quanto tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro nos céus e vem e segue-me".
Infelizmente possuía muitos bens e isso fê-lo retirar-se triste para continuar triste morrer triste sem ver resolvido seu problema maior, a salvação da alma, aliás, o problema que o levara à presença de Jesus.
Viver para servir. É nisso que resume a vida do cristão, discípulo de Cristo que veio para servir e dar a sua vida em resgate de muitos, é nisso que consiste o papel da Igreja cristã no mundo.
Por Samuel Barbosa