A história de Ezequias é muito rica em informações e dela podemos tirar muitas lições para a nossa vida. Ezequias era filho de Acaz um dos piores reis de Judá, que por sua vez fez de tudo para desobedecer ao Senhor cometendo toda a sorte de abominação.
Mas apesar de toda essa herança negativa, Ezequias “fez o que era bom, reto e verdadeiro perante o Senhor, seu Deus. E em toda a obra que começou no serviço da casa de Deus, de todo o coração o fez e prosperou.”
Ele andou em fidelidade! Pensemos juntos sobre alguns aspectos da fidelidade a Deus:
1. A fidelidade a Deus não nos isenta dos problemas.
“Depois destas coisas e dessa fidelidade, veio Senaqueribe...”
Ezequias havia realizado uma grande reforma religiosa no seu reinado, a saber: mandou abrir, limpar e santificar o templo que seu pai havia fechado, restaurando assim o lugar de culto; celebrou a Páscoa de acordo com as ordenanças de Moisés; restaurou os turnos dos levitas e dos sacerdotes; e ordenou que o povo trouxesse ofertas para a manutenção dos que trabalhavam na casa de Deus.
No entanto, como diz o texto, "depois destas coisas", apesar de toda essa fidelidade, Senaqueribe - o rei da Assíria - entrou em Judá e acampou-se contra as cidades fortificadas, intentando apoderar-se delas.
Senaqueribe possuía o maior e melhor exército da época e baseado em seu poder militar afrontou a Ezequias e a Deus dizendo: Não existe poder humano (um reino) ou sobrenatural (um deus) capaz de impedir que eu invada e destrua tudo, pois eu sou o todo poderoso rei da Assíria.
Assim como Ezequias foi fiel a Deus e apesar disso enfrentou tamanho problema, nós também podemos ser fiéis ao Senhor e passarmos por dificuldades. A fidelidade a Deus não nos isenta dos problemas.
2. A fidelidade a Deus não nos isenta de recorrer aos recursos naturais
O texto nos informa que Ezequias desenvolveu uma estratégia de defesa muito interessante. Ele mandou fechar todos os suprimentos de água que existiam em volta de Jerusalém, a fim de cortar o abastecimento de água fora da cidade, obrigando o exército inimigo a buscar água longe da batalha.
Além disso, Ezequias organizou uma reforma no muro da cidade tampando todos os buracos para que o inimigo não tivesse nenhuma vantagem.
E em seguida construiu um muro ao redor da muralha que já existia para impedir o ataque inimigo, colocando guardas em lugares estratégicos, pois sabia do poder de fogo do adversário.
E em seguida construiu um muro ao redor da muralha que já existia para impedir o ataque inimigo, colocando guardas em lugares estratégicos, pois sabia do poder de fogo do adversário.
Assim também em nossa vida diária necessitamos de fechar as brechas para que não venhamos a ser surpreendido pelo inimigo. Quais as coisas que precisam ser restauradas em sua vida? A fidelidade a Deus nos leva a fazer a nossa parte e nos esforçarmos para vencer o inimigo. Use os recursos que você tem.
3. A fidelidade a Deus não nos isenta de recorrer aos recursos sobrenaturais.
Senaqueribe veio cheio de arrogância, desafiando a Ezequias e o Senhor dos Exércitos, pois acreditava que seu exército era o mais poderoso e que a multidão que com ele estava era suficiente para derrotar as forças de Judá.
Mas ele cometeu um grave erro ao não considerar o poder sobrenatural do Deus de Ezequias. “...Não temais, nem vos assusteis por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele; porque um há conosco maior do que está com ele. Com ele está o braço de carne, mas conosco o Senhor, nosso Deus, para nos ajudar e para guerrear nossas guerras...”
A fidelidade nos leva a enfrentar os problemas utilizando os nossos recursos e esperando a atuação divina naquelas áreas que não podemos resolver.
Para pensar
Quem são os “Senaquiribes” que você precisa vencer?
Quais são as brechas que você precisa fechar?
Em que área de sua vida há a necessidade de uma intervenção sobrenatural de Deus?
Josimar Gabriel da Rocha é pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil. Formou-se Bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul em 1993 Foi ordenado pastor em 1995. Trabalhou como missionário no Rio Grande do Sul como plantador da Igreja de Alegrete, RS.