Êxodo 6.1-13
É difícil para muita gente no meio de situações embaraçosas, calamitosas e de sofrimentos acreditar quando alguém vem ao seu encontro oferecendo ajuda, trazendo uma mensagem alvissareira, uma boa notícia.
Este texto nos mostra, de maneira clara, como as pessoas agem em meio à dor e o sofrimento e o modo como Deus trabalha nas suas mentes, nos seus corações, para a aceitar aquilo que Ele tem para oferecer.
Neste texto podemos ver que:
1 – NO ENCONTRO COM MOISÉS DEUS FALA A ELE DA SUA ALIANÇA
O início do livro de Êxodo é marcado por escravidão, penúria e sofrimento. A mente do povo estava embaçada por tanto sofrimento. Êxodo 1.8 diz que “Entrementes, se levantou novo rei sobre o Egito, que não conhecera José”.
É a partir daí que a situação se complica. Os egípcios haviam se esquecido da história remota quando Deus os livrou de serem dizimados pela fome através de um hebreu, José, durante os sete anos de seca e agora os tem, não mais como amigos e sim como agentes perigosos dentro da nação. (Ex 1.8-11).
Agora, sob o tacão opressor do Faraó e o chicote do feitor, os hebreus, outrora beneficiários, gemiam a dor da escravidão. Foram obrigados matar seus filhos homens (Ex 1.15-16), fabricar tijolos para a construção de cidades. Tudo a troco da comida e de um teto para morar.
No entanto, Deus suscita o libertador, Moisés. Ele livra da morte, como recém nascido através da sua corajosa e habilidosa mãe e o coloca, como filho da filha do faraó, por quarenta anos no palácio e o prepara.
Depois o lança nas regiões áridas dos midianitas, como exilado, para pastorear as ovelhas do seu sogro Jetro. Só então, depois que a matéria prima, o vaso está preparado na mão do Oleiro, é que vai ser usado.
No monte Horebe Deus fala com Moisés que volta ao Egito levando a mensagem do Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó.
Deus não havia se esquecido do seu povo, pois o ouvia na sua dor, para libertá-lo.
2 – DO ENCONTRO COM O POVO MOISÉS DE DEFRONTA COM UMA ONDA DE PESSIMISMO.
Quando Moisés leva a mensagem do seu encontro com Deus o povo não acreditou no que estava ouvindo. Uma mensagem de libertação? De Redenção? Impossível! “Mas eles não atenderam a Moisés, por causa da ânsia de espírito e da dura escravidão” (v. 6.9b).
Podemos, diariamente, ver muitas pessoas desanimadas sob o peso do pecado.
São escravas dos seus vícios, dos seus erros, dos seus desejos, das suas tolas ambições, da sua avareza.
São escravas do mau gênio, deixando atrás de si muita mágoa, muita tristeza, muito sofrimento.
São escravas de tristes passados carregando sobre si o peso da dor, da frustração, da incapacidade de ser gente, pois foram violentadas na sua infância, torturadas na sua adolescência, desrespeitadas na sua mocidade, por parentes, ou pessoas “amigas”, inescrupulosas.
São escravas do mau gênio, deixando atrás de si muita mágoa, muita tristeza, muito sofrimento.
São escravas de tristes passados carregando sobre si o peso da dor, da frustração, da incapacidade de ser gente, pois foram violentadas na sua infância, torturadas na sua adolescência, desrespeitadas na sua mocidade, por parentes, ou pessoas “amigas”, inescrupulosas.
Quanta gente que sofreu os maiores ataques de pedófilos, de pais violentos e tiranos.
Quantos pais carregam dores por causa de filhos maus.
Quantos esposos carregam a dor de lares destruídos, de sonhos frustrados, de traições.
Quantos sofreram maus tratos de patrões, visinhos, amigos de escola, e uma infinidade de coisas mais que os levaram a um estado deplorável de vida, mesmo sendo pessoas cultas, inteligentes, crentes e capazes.
Esse é o tipo de gente que carrega dentro de si todo desânimo e pessimismo do mundo. E era isso que o povo hebreu estava sofrendo naqueles tantos anos de escravidão egípcia.
3 – MAS DO ENCONTRO E DA REVELAÇÃO DE DEUS RENASCE A ESPERANÇA
Deus dá alguns recados ao seu amado povo:
a) Da Sua grandiosidade. “Mas pelo meu nome, O SENHOR, não lhes fui conhecido”. (v. 3b).
Reconhecer Deus na sua expressão mais alta de divindade já é motivo para renascer das cinzas da ânsia de espírito.
b) Alguns aspectos da sua ajuda. Deus carinhosa e apaixonadamente lhes fala:
1) Da atenção. “Ouvi os gemidos dos filhos de Israel” (v. 5a). Os pais humanos têm a grande capacidade de identificar os gemidos de um filho seja onde estiver. Principalmente à noite quando cansados de um dia de trabalho, no entanto, um pequeno resmungo, um pequeno gemido já os faz com que se levantem para ver o que está acontecendo. Imaginemos então o Deus da nossa fé.
2) Da libertação. “Eu sou o SENHOR, e vos tirarei de debaixo das cargas do Egito, e vos livrarei” (v. 6a). Que cargas pesadas são as cargas da escravidão. Que cargas ainda mais pesadas são as da escravidão do pecado. Dessa tenebrosa e terrível carga o nosso Senhor Jesus Cristo nos livra pelo seu amor e graça.
2) Da libertação. “Eu sou o SENHOR, e vos tirarei de debaixo das cargas do Egito, e vos livrarei” (v. 6a). Que cargas pesadas são as cargas da escravidão. Que cargas ainda mais pesadas são as da escravidão do pecado. Dessa tenebrosa e terrível carga o nosso Senhor Jesus Cristo nos livra pelo seu amor e graça.
3) Do resgate e nova possessão. “E vos resgatarei com braço estendido...”. Esse resgate é a grande libertação que Deus deu ao seu povo e o Senhor Jesus continua a dar aos que se encontram nas trevas do pecado.
4) Da redenção. “Tomar-vos-ei por meu povo e serei vosso Deus; e sabereis que eu sou o SENHOR,... E vos levarei à terra a qual jurei dar a Abraão, Isaque e a Jacó”. Ser povo de Deus foi a maior bênção do povo de Israel. Ser povo de Deus é a maior bênção a cada um de nós que cremos e amamos o Senhor.
Conclusão
Grandiosa é a benção naqueles que, em meio à dor e o sofrimento, conseguem entender, compreender que há um Deus Todo-Poderoso que o ajuda.
Por Antonio Coine
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