“Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor” - Romanos 7.14-25a
Paulo, em Romanos, nos fala sobre:
a) O Poder do Evangelho (1.16-17);
b) A Condição Pecaminosa do Ser Humano (1.18-32);
c) A Justificação Pela Fé (5.1-11).
No final do capítulo 7.14-25a, descrevendo a nossa condição humana, nos mostra que, mesmo sendo crentes convertidos ao Senhor, continuamos a sentir a presença do pecado em nós.
Esse é o motivo de estarmos sempre vendo amados irmãos mal humorados, com problemas, dominados por coisas das quais se envergonham.
Contra a presença do pecado lutamos constantemente e só teremos trégua a partir do momento que estivermos na presença do Senhor Jesus, em estado de glorificação.
O Revdo. F.B.Meyer diz que “o apóstolo apresenta um exposição mais extensa de sua experiência pessoal falando da sua incapacidade para perceber o ideal divino que lhe fora revelado com uma meta a ser alcançada. A vida não transcorre suavemente”.
Frente a essa realidade, ao escrever: “Desventurado Homem que Sou!” Paulo nos ensina que há:
I – UMA PRESENÇA CONSTRANGEDORA EM NOSSA VIDA
“Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado. Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Ora, se faço o que quero, consinto com a lei que é boa” (vv. 14-16)
Neste texto Paulo parte para uma reflexão profunda e, tristemente, se vê numa situação constrangedora.
a) Escravidão: “eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado”. O pecado tornou-nos escravos.
b) Incapacidade. “Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto”.
Aqui, temos uma tremenda informação de que não existe o livre arbítrio, questão tão mal ensinada e que acaba provocando tanto sofrimento nas pessoas. A presença escravizadora do pecado nos incapacitou de entender o modo como agimos. Desejar o bem e não fazê-lo voltando-se como um autômato para o mal.
Aqui, temos uma tremenda informação de que não existe o livre arbítrio, questão tão mal ensinada e que acaba provocando tanto sofrimento nas pessoas. A presença escravizadora do pecado nos incapacitou de entender o modo como agimos. Desejar o bem e não fazê-lo voltando-se como um autômato para o mal.
c) Não Realização. “Ora, se faço o que quero, consinto com a lei que é boa”.
Desejamos fazer o bem, mas não o fazemos. Detestamos fazer o mal e acabamos por fazê-lo. Como crente, desejo fazer o que é certo e acabo fazendo o que é errado.
II – UMA PRESENÇA DESOLADORA PARA NOSSA ALMA
“Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro de lei do pecado que está nos meus membros” (vv. 17-23)
Que riqueza de informações o apóstolo coloca nestes versículos:
a) Percepção: “Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim”. Paulo, continuando neste processo de reflexão, percebe e observa que o que habita nele, apesar de salvo, é o pecado com as suas leis e suas tenebrosas diretrizes. Sua presença na vida do crente é desoladora.
b) Assédio: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém o efetuá-lo”. Essa presença está na natureza humana e por isso o assedia diariamente.
c) Vontade: “Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro de lei do pecado que está nos meus membros”.
“Querer eu quero, mas não consigo”, é o que muitas vezes piedosos cristão nos dizem. Apesar de ter prazer, no seu espírito salvo e redimido, em fazer a vontade de Deus, no entanto, na sua carne há uma lei que guerreia, que deseja que quer, não fazer a vontade de Deus, mas dos desejos carnais. Como ser humano, o pecado na minha natureza, trabalha, luta contra o que eu quero fazer.
III – UMA PRESENÇA LIBERTADORA QUE É JESUS CRISTO
“Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor...” (vv. 24-25)
a) Uma Exclamação. Depois de uma análise rigorosa da sua situação como cristão Paulo exclama: “Desventurado homem que sou!”.
b) Um Gemido. A seguir ele geme como alguém que não tem remédio: “Quem me livrará do corpo desta morte?”.
c) Um Grito de Vitória. Finalmente, ele proclama em alto e bom som a resolução para o problema do pecado que habita no ser humano até o dia da sua glorificação: “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor...”,
Encontramos vitória sobre a culpa e o poder do pecado através do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Conclusão
O fato de Paulo dizer de maneira bem constrangida da luta inglória que tinha contra o pecado, no entanto, não deixou-se esmorecer com isso. Ele sabia que as vitórias alcançadas dependiam única e exclusivamente do Senhor Jesus, Pastor de nossas almas.
Com isso, adquirindo forças, pois “tudo posso naquele que me fortalece” ele conseguia avançar para a maturidade cristã tendo certeza da ajuda constante do Espírito Santo.
Que não venhamos a sofrer diante dessa luta que parece inglória contra o pecado. Devemos tomar de toda a armadura de Deus e seremos sempre vitoriosos. Ficam no caminho, dominados pelo pecado aqueles que pouca comunhão têm com Cristo e sua Palavra.
Por Antonio Coine