Teu pai colocou sobre nós um jugo pesado, mas agora diminui o trabalho árduo e este jugo pesado, e nós te serviremos - 1 Reis 12:4
Mas quando Salomão morre, seu sucessor e filho Roboão se vê diante de uma insatisfação geral do povo. As pessoas queriam um novo rei, mas também desejavam uma nova abordagem. Estavam cansados de serem explorados e dos altos impostos. O próximo rei deveria ser sensível e trazer alívio ao povo.
Diante das demandas apresentadas, Roboão procura orientação naquelas autoridades que ajudaram o seu pai enquanto rei. Os seus conselheiros disseram: “Se o senhor quiser servir bem a este povo, dê uma resposta favorável ao pedido deles, que eles serão seus servidores para sempre”. (1 Reis 12.7).
Mas Roboão resolve ouvir os jovens que tinham crescido com ele. E o conselho que recebeu foi completamente diferente. Na opinião dos jovens, o rei não poderia ceder, pelo contrário, deveria tornar a vida do povo ainda mais dura.
E foi essa a decisão que o futuro rei tomou. Ele respondeu ao povo: “Meu pai lhes tornou pesado o jugo; eu o tornarei ainda mais pesado. Meu pai os castigou com simples chicotes; eu os castigarei com chicotes pontiagudos” (1 Reis 12.14). A partir dessa resposta o povo não suportou e o reino se dividiu.
Algo parecido aconteceu nas últimas semanas no nosso país. O povo resolveu dizer: “Basta, não aguentamos mais!”. E motivos não faltam para essa atitude.
Nosso país, fruto de uma colonização que visou exploração e não a construção de uma nação, ainda vive debaixo desse jugo. O povo é explorado e as coisas que funcionam são as duras custas de impostos sobre impostos.
Nosso país, fruto de uma colonização que visou exploração e não a construção de uma nação, ainda vive debaixo desse jugo. O povo é explorado e as coisas que funcionam são as duras custas de impostos sobre impostos.
Um exemplo: as estradas realmente boas que temos são praguejadas de pedágios abusivos. O resultado desse caça-níquel é que eu você pagamos mais pelos produtos que consumimos, pois os preços são repassados a nós, somando-se a toda quantidade de impostos que já pagamos. Se a estrada não tem pedágio, é abandonada para o apodrecimento.
Isso sem falar nas ruas esburacadas dentro de nossas cidades, na situação da saúde pública, falta de segurança, no vergonhoso salário dos professores, entre tantas outras demandas... É por isso que o povo disse “chega!”.
O povo, como aconteceu nos tempos bíblicos, está cansado. Está pedindo aos prefeitos, governadores, e presidente para que haja mudanças.
O povo, como aconteceu nos tempos bíblicos, está cansado. Está pedindo aos prefeitos, governadores, e presidente para que haja mudanças.
Roboão não teve o bom senso de atender o povo. Esperemos e oremos para que as nossas autoridades tenham bom senso. Aliviem as cargas do povo, atendam o seu clamor.
Que os políticos se lembrem de que os manifestantes de hoje são os eleitores de amanhã. E ao que tudo indica a memória desses eleitores está melhor do que nunca!
Por Andrei Barros
Que os políticos se lembrem de que os manifestantes de hoje são os eleitores de amanhã. E ao que tudo indica a memória desses eleitores está melhor do que nunca!
Por Andrei Barros