Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram - Romanos 5:12
O ser humano tem a tendência de valorizar excessivamente o que não possui. O outro sempre parece ser mais bem sucedido; sua família parecer ser feliz; seus filhos, mais educados – e desta maneira idealizamos outras famílias enquanto rebaixamos a nossa. Já diz o ditado: “a grama do vizinho é mais verde”.
Mas será que as famílias que tanto idealizamos não possuem defeitos e dificuldades também? Claro que sim! E apesar de muitas manterem uma fachada bonita por fora, pode haver um lar em ruínas por dentro.
Isso não era para ser assim. A primeira família (Adão e Eva) era perfeita, em todos os aspectos. Mas quando este casal desobedeceu uma ordem direta de Deus (Gênesis 3), o relacionamento com Ele foi rompido, a família expulsa de sua presença e as consequências foram terríveis.
O ser humano tornou-se rebelde à vontade de Deus (pecador); a família tornou-se defeituosa e imperfeita.
A maldade, o egoísmo, o desamor, além da morte espiritual e física entraram na essência da família, que se corrompeu.
Até mesmo a criança já está contaminada com esta natureza pecaminosa: “Sei que sou pecador desde que nasci, sim, desde que me concebeu minha mãe” - Salmos 51:5.
A Bíblia é bem realista neste ponto e narra com franqueza direta alguns problemas familiares. Na família de Adão e Davi houve fratricídio (Gênesis 4.8 – 2 Samuel 13.28), na de Ló incesto (Gênesis 19.30-38); Jacó era o preferido dos seus pais (Gênesis 27.1-10); na de Moisés houve intriga entre os irmãos (Números 12); Sansão foi traído por sua esposa (Juízes 16); o sacerdote Eli “fazia que não via” os erros dos filhos (1 Samuel 3.12-14), e assim por diante.
O mais importante é que podemos e devemos trabalhar pela restauração de nosso lar. O que aprendemos disso? Que não existe família perfeita.
No entanto, isso não é justificativa para que desistamos de nossas famílias, pois há também sempre algo bom em qualquer lar.
O mais importante é que podemos e devemos trabalhar pela restauração de nosso lar. O que aprendemos disso? Que não existe família perfeita.
No entanto, isso não é justificativa para que desistamos de nossas famílias, pois há também sempre algo bom em qualquer lar.
O primeiro passo é aceitar que nossa família não é perfeita, a começar de nós mesmos. Nossa esposa, esposo, filhos, pais, irmãos, são seres humanos pecadores, e como tais, passam pelas crises normais da vida de maneiras diferentes – ora serenos, ora irritados e ferindo os que estão ao redor.
O segundo passo é ter esperança e fé. Embora nossa família seja imperfeita, para Deus nada é impossível. Ele pode restaurar, mudar atitudes, reavivar o amor, etc. Para isso é necessário orar pela sua família, colocá-la diante de Deus de maneira sistemática e constante.
O terceiro passo é você mesmo tomar a iniciativa para que sua família seja um lugar melhor. Muitas vezes adiamos a mudança porque esperamos no outro. Não espere de outros. Verifique o que você precisa mudar e mude de fato!
Por fim, lembre-se que Deus é misericordioso. Apesar do pecado ter corrompido a família, Deus já providenciou a maior solução e todos os recursos para que você e sua casa sejam salvos e possam levar uma vida abençoada enquanto neste mundo. Jesus já explicou isso, dizendo: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14.6).
Que Deus abençoe sua família! E que você possa dizer neste momento: Eu e a minha casa serviremos ao Senhor! (Josué 24.15)
Por Andrei Barros