Hino 262 - Contemplação da Cruz

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1. Ao contemplar a tua cruz
E o que sofreste ali, Senhor, 
Sei que não há, ó meu Jesus, 
Um bem maior que o teu amor.

2. Quero somente me gloriar 
Na tua cruz, meu Salvador, 
Pois que morreste em meu lugar! 
Teu, sempre teu serei, Senhor.

2. De tua fronte, mãos e pés. 
De teu ferido coração,
Teu sangue em dores tão cruéis 
Deste por minha redenção.

4. Ao contemplar a tua cruz, 
O teu sofrer, o teu penar, 
Quão leve sinto, ó meu Jesus, 
A que me deste a carregar.

5. Tudo o que eu possa consagrar 
Ao teu serviço, ao teu louvor,
Letra: Isaac Watts, 1707
Adaptação: Manoel da Silveira Porto Filho, 1961
Música: Canto Gregoriano / arranjo: Lowell Mason, 1824

Ênfase do hino: A ênfase principal do hino é contemplar a cruz de Cristo e entender o grande amor que Ele demonstrou ao se sacrificar por nós.

Teologia do hino: O hino "Ao contemplar a tua cruz" é uma expressão poética da teologia da cruz, que é central na teologia cristã. O hino fala do sofrimento de Jesus na cruz e de como seu sacrifício nos redimiu do pecado. 

A cruz é vista como o lugar onde o amor de Deus é demonstrado de forma mais plena, pois foi ali que Jesus deu sua vida por nós. A letra também destaca a nossa resposta a esse amor, que é consagrar nossa vida ao serviço e louvor de Deus.

Textos bíblicos: 
1. "Mas ele foi traspassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados." (Isaías 53:5)

2. "Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores." (Romanos 5:8)

3. "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo." (Gálatas 6:14)

Metáforas e simbologia:
1. "Ao contemplar a tua cruz" - A cruz é o símbolo máximo do sacrifício de Jesus e a metáfora do amor que Ele demonstrou.
2. "Teu sangue em dores tão cruéis" - O sangue é uma metáfora do sofrimento de Jesus na cruz.
3. "A que me deste a carregar" - A cruz é uma metáfora da nossa própria cruz, que é o fardo que carregamos como seguidores de Jesus.

Aplicação prática: O hino nos convida a contemplar a cruz de Cristo e a entender o grande amor que Ele demonstrou por nós. Isso nos leva a uma resposta de entrega e consagração da nossa vida a Deus. Na nossa vida cotidiana, isso significa reconhecer o sacrifício de Jesus como a única fonte de salvação e viver em gratidão e obediência a Ele. Também significa estar disposto a carregar a nossa própria cruz, que são as dificuldades e desafios que enfrentamos como cristãos, confiando em Deus para nos fortalecer e nos capacitar.

Quando cantar: Este hino é apropriado para ser cantado em momentos de reflexão e adoração, especialmente durante a Semana Santa ou outras épocas litúrgicas que enfatizam a paixão de Cristo. Ele também é apropriado para ser cantado em cultos de adoração e celebração da salvação em Jesus. Além disso, pode ser cantado em momentos de consagração pessoal ou de comunhão com Deus.

História
Isaac Watts (1674-1748) é autor de mais de seiscentos hinos, todos orientados para a melhoria dos textos até então usados na igreja da Inglaterra, da qual foi pastor. Teólogo e sábio, autor de um importante livro sobre lógica, deixou no campo da hinologia, sua maior contribuição. 

Escreveu hinos que procuravam refletir o pensamento e os sentimentos de quem os cantava e não simplesmente a paráfrase ou metrificação dos textos bíblicos, salmos em especial. Publicou em 1707 seu "Hymns and Spiritual Songs", posteriormente revisto. 

Nessa edição aparece este hino, considerado por muitos como sendo o melhor hino da hinódia inglesa A tradução que usamos é do Rev. Manoel da Silveira Porto Filho (v. hino n° 60) feita em 1961.

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