“Depois de o crucificarem, repartiram entre si as suas vestes, tirando sorte.” - Mateus 27.33-56
Depois de passar pela dolorosa Agonia do Getsêmani e da Agonia dos Tribunais desumanos dos homens, o Sinédrio Judaico, e do romano presidido pelo governador Pôncio Pilatos, o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é condenado à morte como um criminoso qualquer.
A maior agonia do Senhor foi a de ser qualificado como um reles, baixo, ordinário contraventor das leis humanas.
O Deus Eterno, o Bendito Senhor, o Santo de Israel desce às profundezas da maldade humana e se submete à morte mais execrável de que se tinha conhecimento.
O Deus Eterno, o Bendito Senhor, o Santo de Israel desce às profundezas da maldade humana e se submete à morte mais execrável de que se tinha conhecimento.
A crucificação foi banida da Pérsia, onde fora criada, e agora retomada pelo Império Romano embora contestada pelos mais sábios e nobres senadores do Senado Romano.
Uma lei foi criada ao lado desta pena de morte que era a de nenhum cidadão romano penalizado com a crucificação. Era somente à decapitação, que foi o caso de Paulo.
Uma lei foi criada ao lado desta pena de morte que era a de nenhum cidadão romano penalizado com a crucificação. Era somente à decapitação, que foi o caso de Paulo.
A Agonia do nosso Salvador na cruz do Calvário nos ensina profundas lições. O que vemos aqui?
1 – O GRANDE CLAMOR DO SALVADOR AGONIZANTE
O Grande Clamor. “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Por mais que os estudiosos, consagrados a Deus, tentem desvendar o mistério profundo destas palavras neste clamor, no entanto, mal podem chegar às entranhas, às dimensões profundas da alma do nosso Salvador.
Não são as palavras de um agonizante vencido e derrotado, e, sim, do Santo de Deus que reflete o abandono experimentado pela ausência Pai ao tomar sobre Si os pecados do mundo (2 Co 5.21).
Neste momento se cumpria a grande profecia de Davi no Salmo 22.1 e em outros versículos, especificando o tratamento que seria dado ao Messias na sua paixão, crucificação e morte.
2 – O GRANDE BRADO DO SALVADOR TRIUNFANTE
O Grande Brado de Triunfo. “Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito.” (Jo 19.30). Se no clamor agonizante Jesus suplica pela presença do Pai, neste, Ele proclama o triunfo total e pleno da sua missão.
Alguém comentou que se Jesus tivesse ficado apenas no clamor estaríamos todos em desespero e perdidos. Mas Ele é o Grande Vencedor. Ao dizer que tudo estava consumado apresentou diante do Pai o pagamento pelos pecados dos eleitos de Deus.
Essa é a grande alegria que paira no coração do crente, convertido a Jesus Cristo, que é a certeza plena e total da sua salvação. Cristo pagou por tudo, não é necessário mover absolutamente nada para conquistar a redenção. Foi pago o preço.
Com duas palavras o Senhor define eterna, plena e cabalmente tudo: “Está consumado!” Este foi o grande brado de Triunfo do nosso Salvador.
3 – AS GRANDES TRAIÇÕES DA IGREJA APÓSTATA
Sabemos que o grande sinal do retorno de Jesus não serão os terremotos, os maremotos, as catástrofes, a peste, a fome, a miséria grassando por todos os lados, ou a injustiça e a corrupção prevalecendo.
Estes serão apenas sinais que anteciparão a sua vinda, mas o grande sinal, que verdadeiramente fala da iminência do seu glorioso retorno será a apostasia de muitos crentes.
Os cristãos se tornarão indiferentes para com o Seu regresso e, secularizados, lançarão raízes mais profundas na terra que o desejo de serem peregrinos e forasteiros sobre ela.
Com isso criarão os seus próprios “cristos”, “falsos cristos”, sem a cruz, sem o perdão dos pecados, sem o poder da ressurreição.
Com isso criarão os seus próprios “cristos”, “falsos cristos”, sem a cruz, sem o perdão dos pecados, sem o poder da ressurreição.
As grandes traições da Igreja apóstata, podemos caracteriza-la dentre muitos, nestes três importantes aspectos.
Ela Pregará:
a) O Jesus Político - É aquele em cujo nome são promovidas as guerras e os crimes contra a humanidade. Ao estudarmos a história da humanidade na era cristã poderemos observar que muitos “cristãos” justificaram seus hediondos crimes usando o nome de Jesus.
b) O Jesus Mercador - É aquele que, em seu nome, desperta a ganância dos homens para com os bens materiais. O Evangelho da Cruz, o Evangelho do Sofrimento, apregoado pelos apóstolos e por toda a Igreja na sua história foi substituído por um evangelho que justifica o materialismo, e alimenta, os prazeres carnais. O Jesus mercador de nossos dias é aquele que está sendo buscado em muitas igrejas e seitas inescrupulosas.
c) O Jesus Hollywoodiano - É aquele que é apresentado como um modelo para se pregar o evangelho, além da simplicidade da palavra apresentada por santas e piedosas pessoas que saem à procura, em nome de Jesus, da ovelha perdida.
Quando pensamos que Hollywood pode falar do evangelho da graça, do perdão e da misericórdia de Deus para com o perdido pecador, devemos nos lembrar de que da mesma fonte não pode jorrar águas impuras, contaminadas e, ao mesmo tempo limpas.
Quando pensamos que Hollywood pode falar do evangelho da graça, do perdão e da misericórdia de Deus para com o perdido pecador, devemos nos lembrar de que da mesma fonte não pode jorrar águas impuras, contaminadas e, ao mesmo tempo limpas.
A agonia de Jesus, na sua crucificação é ainda o fato de vislumbrar Sua igreja indo por caminhos contaminados.
Por Antonio Coine