Lucas 10.25-37
Em resposta à pergunta capciosa de um interprete da Lei, referente ao papel solidário junto ao seu próximo, o Senhor Jesus responde a ele fazendo uma outra pergunta usando a mesma Lei de Moisés, e, ainda por cima, ilustra a resposta do escriba com a magistral parábola do Bom Samaritano.
Isto nos leva a refletir no nosso papel, como cristãos e evangelistas da nossa responsabilidade de evangelizar um mundo, com o qual nos confrontamos diariamente, cheio de pecados, mazelas, inimigo de Deus, mas também tremendamente ansioso pela graça divina.
Esta parábola nos mostra O QUE OS EVANGELISTAS PRECISAM SABER sobre a bondade evangelizadora. Nesta parábola o samaritano nos ensina que:
1 – ELE NÃO DEU LUGAR À DUREZA DO SEU CORAÇÃO
“Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e veio a cair em mãos de salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o semimorto...Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o..”
Havia um homem vitimado. Era inimigo figadal do samaritano: um judeu. Entre eles havia uma tremenda parede argamassada, concretada de preconceitos raciais, políticos e religiosos.
No entanto, isso não permitiu que o seu coração se endurecesse. Assim também acontece com o evangelista. Tem de romper as barreiras para evangelizar as pessoas presas nos seus vícios, superstições, ideologias, etc.
Lembro-me que o Revdo. Dirceu Xavier Mendonça antes de ir para a Espanha como missionário passou pela nossa Igreja Presbiteriana “Monte Sião” de Botucatu e disse uma frase muito importante: “Em primeiro lugar tenho de amar profundamente as pessoas do país para onde vou a fim de falar a elas do evangelho de Jesus Cristo.”
O sacerdote e o levita preconceituosos deixaram o homem caído, mas o samaritano o socorreu. O Evangelista precisa ser uma pessoa cujo coração arda de amor pelas almas perdidas. A rudeza, a dureza de coração deve ser amolecida pelo Poder e a Bondade do Espírito Santo.
2 – ELE MOSTROU UM PROFUNDO SENSO DE VERDADEIRA HUMANIDADE
“Compadeceu-se dele. E, chegando-se pensou-lhe os ferimentos...”
O senso de verdadeira humanidade o levou a uma profunda compaixão. Ele quebrou seus preconceitos “passando perto”, enquanto o sacerdote e o levita “passaram de largo”, e ajudou aquele miserável.
A compaixão o levou a limpar os seus ferimentos. Compaixão, verdadeira humanidade pelas almas perdidas, é o que Jesus deseja de cada um de nós, seus súditos. Um cristão que se preze deve estar imbuído desse senso de humanidade.
3 – ELE, ACIMA DE TODOS OS PRECONCEITOS, VIU A NECESSIDADE DO HOMEM CAÍDO.
E disse ao hospedeiro: “Cuida deste homem, e, se alguma cousa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar.” Aquele homem não podia, mesmo tendo sido cuidado, ser deixado no caminho para seguir o seu rumo.
“E,...colocando-o...levou-o para uma hospedaria e tratou dele.”
E disse ao hospedeiro: “Cuida deste homem, e, se alguma cousa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar.” Aquele homem não podia, mesmo tendo sido cuidado, ser deixado no caminho para seguir o seu rumo.
O samaritano o levou até um lugar seguro e lá passou a noite toda ao seu lado ministrando na sua dor febril. No outro dia, deixou ainda provisão necessária para o seu restabelecimento. Assim deve ser o Evangelista. Ver a necessidade das pessoas que vagueiam por esse mundo, carentes de Deus e sua salvação.
Por Antonio Coine