Hino 173 - Oração vespertina (a)

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1. Vai fugindo o dia, breve a noite vem;
Vespertina estrela já se avista além.

2. Ao que mui cansado na tristeza jaz,
Dá, Jesus bendito, teu descanso e paz!

3. Noite de sossego vimos te pedir;
Em tuas mãos entregues, hemos de dormir.

4. E quando acordarmos, faze, ó bom Senhor,
Que nós te sirvamos com maior vigor.


Informações
Letra: Sabine Baring-Gould, 1865
Tradução: George Coles Searle, 1896
Música: Joseph Barney, 1868

Ênfase do hino:
Este hino enfatiza a importância da oração no fim do dia (oração vespertina) como um momento de busca por descanso e paz em Jesus. Ele reflete sobre o alívio que vem de Deus para aqueles que estão cansados e tristes. Além disso, há uma ênfase no desejo de acordar revitalizado para servir a Deus com maior vigor.

Teologia do hino:
O hino ressalta a crença cristã na providência e cuidado de Deus, especialmente em momentos de descanso e vulnerabilidade (como a noite). Reflete a confiança na proteção e no descanso que só podem ser encontrados em Jesus. Além disso, aborda a ideia de renovação espiritual, onde, após o descanso, o fiel se sente mais fortalecido para servir a Deus.

Textos bíblicos:
Salmo 4:8 - "Em paz me deito e logo adormeço, pois só tu, Senhor, me fazes viver em segurança."

Mateus 11:28 - "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso."

Efésios 5:14 - "Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará."

Metáforas e simbologia:
"Vai fugindo o dia, breve a noite vem" - Simboliza o fim de um período (dia) e o início de outro (noite), representando mudança e transição.

"Dá, Jesus bendito, teu descanso e paz" - Jesus é apresentado como a fonte de verdadeiro descanso e paz.

"Noite de sossego" - A noite é simbolizada como um tempo de calma e renovação, onde se deposita confiança em Deus.

Aplicação prática:
O hino nos lembra da importância de dedicar tempo à oração e reflexão no final do dia, buscando descanso e paz em Jesus. Ele nos incentiva a confiar nossas preocupações e cansaço a Deus, crendo que Ele nos dará forças renovadas.

Quando cantar:
Este hino é apropriado para ser cantado em cultos vespertinos ou em ocasiões que enfocam a reflexão e oração ao final do dia, especialmente em momentos de busca por paz e descanso em Deus. Ele também pode ser adequado em retiros espirituais ou momentos de meditação e recolhimento.

História
Um dos maiores compositores ingleses dedicados à igreja, Sir Joseph Bamby marca sua presença na História da Música através de uma vida extremamente intensa e dedicada. Nasceu em York, em 1836, filho de um organista. 

Aos sete anos já era menino cantor, aos doze regia coros e tocava órgão e aos dezesseis entrou para a "Royal Academy of Music". 

Sempre desenvolvendo uma carreira musical brilhante, foi diretor de música em diversas igrejas e, por quinze anos, foi organista e regente na igreja de "St Anne's". Foi diretor de música do "Eton College" e da "Guildhall School of Music". Editou diversos hinários e coletâneas, como "The Hymnary" em 1872. 

Foi também diretor da "Royal Choral Society" em Londres, onde apresentou obras importantes como o "Stabat Mater" de Dvorak e o "Parsifal" de Wagner, ambos em primeira audição na Inglaterra. 

Enquanto diretor musical de igreja de "St. Anne's", apresentou a "Paixão Segundo São João" de J. S. Bach por diversos anos seguidos e, em 1871, dirigiu a "Paixão Segundo São Mateus" do mesmo compositor na Abadia de Westminster, sendo esta a primeira apresentação da obra completa com orquestra numa igreja inglesa. Em 1892 foi agraciado com o título de Cavaleiro. Faleceu em Londres em 1896.

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