Destaques do Artigo:
⚔️ Resistência da Igreja Confessional alemã contra o nazismo e o "Parágrafo Ariano".
🌐 Conferência Fé e Ordem em Lausane (1927) e o ecumenismo na Suíça.
🚫 Repressão soviética e desafios do protestantismo no Leste Europeu pós-1917.
Protestantismo na Alemanha: Entre o Nazismo e a Resistência da Igreja Confessional
Antes da primeira Grande Guerra a organização protestante na Alemanha encontrava-se como a descrevemos no capítulo precedente.
As igrejas protestantes eram quase todas as igrejas dos vários Estados, sob estrito controle do governo.
A vida religiosa não era bastante forte em virtude de uma onda de Racionalismo estéril entre os clérigos e pela propaganda que o governo fazia, nas igrejas, da política nacionalista.
A vida religiosa não era bastante forte em virtude de uma onda de Racionalismo estéril entre os clérigos e pela propaganda que o governo fazia, nas igrejas, da política nacionalista.
O socialismo anti-religioso provocou o afastamento de muita gente das igrejas oficiais.
Na revolução de 1918, a igreja e o Estado estavam separados. Mas não havia hostilidade à igreja como na Rússia, e as igrejas protestantes não queriam perder todo o contato com o Estado.
Por isso, sob as novas leis da República Alemã e dos Estados, embora as igrejas não fossem oficiais, mantinham certa relação com o Estado e tinham direito de arrecadar contribuições.
Por isso, sob as novas leis da República Alemã e dos Estados, embora as igrejas não fossem oficiais, mantinham certa relação com o Estado e tinham direito de arrecadar contribuições.
Em 1921, foi organizada a Federação das Igrejas Evangélicas Alemãs, abrangendo vinte e oito dessas igrejas dos vários Estados: Evangélicas, Luteranas e Reformadas, incluindo a maioria dos protestantes alemães. Além destas havia as igrejas Livres: Luterana, Reformada, Batista, Metodista e outras.
As igrejas oficiais foram se reorganizando gradualmente para se adaptarem à nova situação. Com as suas novas constituições, que concediam aos leigos pronunciarem-se sobre os negócios eclesiásticos, elas se tornaram verdadeiramente igrejas do povo, como jamais o tinham sido.
As igrejas oficiais foram se reorganizando gradualmente para se adaptarem à nova situação. Com as suas novas constituições, que concediam aos leigos pronunciarem-se sobre os negócios eclesiásticos, elas se tornaram verdadeiramente igrejas do povo, como jamais o tinham sido.
As igrejas protestantes sobreviveram às terríveis condições resultantes da Primeira Guerra Mundial e, ao fim do decênio 1920-30, apresentaram considerável vitalidade.
Surgiu um movimento de Missões Internas para evangelização e serviços sociais, e um ativo trabalho da mocidade.
Grupos pietistas deram nova vida ao sentimento devocional. O governo totalitário nazista exigia subordinação ao Estado, por parte das igrejas protestantes, como de outras organizações. O anti-semitismo nazista precipitou os acontecimentos.
O governo exigia a observância do "Parágrafo Ariano", restringindo o privilégio de membros de igrejas aos Arianos. Muitas pessoas e várias igrejas submeteram-se, tornando-se "Cristãos Alemães".
O governo exigia a observância do "Parágrafo Ariano", restringindo o privilégio de membros de igrejas aos Arianos. Muitas pessoas e várias igrejas submeteram-se, tornando-se "Cristãos Alemães".
Um grande grupo resistiu mantendo-se nas igrejas confessionais, assim consideradas porque sustentaram uma luta gloriosa em prol dos seus direitos, a fim de serem fiéis ao Evangelho.
Sofreram prejuízos financeiros, prisões de pastores e de leigos, fechamento de escolas e seminários para o preparo de ministros, etc. Ao rebentar a Segunda Guerra Mundial a situação era difícil de se descrever.
Sofreram prejuízos financeiros, prisões de pastores e de leigos, fechamento de escolas e seminários para o preparo de ministros, etc. Ao rebentar a Segunda Guerra Mundial a situação era difícil de se descrever.
França e a Reorganização Protestante Pós-Separação Estado-Igreja (1905)
A separação da igreja e do Estado, em 1905, compeliu os protestantes a manterem suas próprias igrejas, o que logo aprenderam e muito bem.
A separação também contribuiu para organizações eclesiásticas: a União das Igrejas Evangélicas e a União das Igrejas Reformadas, esta última teologicamente mais liberal.
A separação também contribuiu para organizações eclesiásticas: a União das Igrejas Evangélicas e a União das Igrejas Reformadas, esta última teologicamente mais liberal.
Em 1905-1907 foi organizada uma Federação das Igrejas Protestantes incluindo, além das Reformadas, as Luteranas, Evangélicas Livres, Batistas e Metodistas.
Durante a Primeira Guerra Mundial, o protestantismo francês experimentou perdas severas em vidas e em finanças, mas ao fim da guerra recuperou-as um pouco com a anexação das igrejas luteranas e reformadas da Alsácia e da Lorena.
Durante a Primeira Guerra Mundial, o protestantismo francês experimentou perdas severas em vidas e em finanças, mas ao fim da guerra recuperou-as um pouco com a anexação das igrejas luteranas e reformadas da Alsácia e da Lorena.
Após a guerra reapareceu intensa atividade religiosa. O Protestantismo realizou especialmente um importante trabalho na evangelização nacional e nos serviços de caráter social, além de missões no estrangeiro, educação teológica do mais alto tipo.
Demonstrou também muito zelo na vida religiosa das suas igrejas. Tal era a situação quando sobreveio a Segunda Guerra Mundial, em 1939.
Na Holanda, a situação do protestantismo no século XX era mais ou menos a mesma do século XIX. Cerca de metade da população pertencia às igrejas reformadas, tanto oficiais como livres; havia também outros grupos protestantes, comparativamente poucos.
Na Suíça, no princípio deste século, houve em três importantes cantões uma separação parcial, isto é, algumas igrejas se separaram do Estado.
Em 1920, foi organizada a Federação Eclesiástica Suíça, dela participando todas as igrejas cantonais e algumas igrejas livres.
Depois da Primeira Grande Guerra Mundial o protestantismo suíço experimentou interesse extraordinário nos movimentos representativos do cristianismo Mundial.
Depois da Primeira Grande Guerra Mundial o protestantismo suíço experimentou interesse extraordinário nos movimentos representativos do cristianismo Mundial.
Suíça e o Ecumenismo: Centro de Conferências Globais no Pós-Guerra
Muitas reuniões importantes de natureza ecumênica, verificaram-se na Suíça, tais como a Conferência sobre a Fé e Ordem, em Lausane, em 1927 e várias outras conferências, todas de caráter ecumênico.
Após separar-se da Suécia, em 1905, a Noruega tornou-se um reino independente. A sua população desde a Reforma é quase totalmente luterana.
A Igreja Luterana oficial é teologicamente dividida, mas tem recebido estímulo pela influência que sua interpretação social do cristianismo exerce em outros países.
Países Nórdicos: Luteranismo Oficial e Influência Social
A Suécia tem forte Igreja Luterana oficial, é ativa no trabalho missionário, tanto no país como no estrangeiro.
No século atual tem contribuído grandemente para a unidade teológica e eclesiástica, principalmente por influência do Arcebispo Soderblom, um dos grandes líderes do cristianismo, no mundo atual.
A Dinamarca também é quase totalmente luterana e tem uma Igreja Luterana oficial, cuja vida e trabalho são do mais alto padrão. O que a torna mais notável é o trabalho ativo por parte dos leigos.
Europa Central: Reorganização Religiosa Pós-Impérios (Checoslováquia e Hungria)
Quando a Checoslováquia tornou-se uma república independente em 1918, verificou-se uma revolução religiosa. Um grupo de cerca de 30 por cento dos checos deixou a Igreja Católica Romana.
Foi organizada uma igreja católica independente, bastante numerosa, separada de Roma.
Entrou também em grande atividade a Igreja Evangélica dos Irmãos Checos, uma igreja antiga ali existente e de caráter reformado.
Havia também igrejas luteranas alemãs e eslovenas, e uma Igreja Reformada Magiar. O protestantismo fez rápido progresso enquanto existiu a república.
Áustria e Hungria: Movimento de Separação da Igreja Católica e Resistência Protestante no Pós-Guerra
Na Áustria, no início do século XX, constatou-se um importante movimento de separação da Igreja Católica Romana que continuou após a Primeira Guerra Mundial.
Quando a Áustria tornou-se independente, não obstante o país permanecer fortemente católico, suas igrejas luterana e reformada demonstraram vigor e atividade consideráveis.
Em virtude das perdas territoriais impostas à Hungria depois da primeira Guerra Mundial, a Igreja Reformada foi reduzida a cerca da metade do que era.
Mas ainda existem um milhão e meio de membros sustentando o seu trabalho no meio da confusão política reinante no país. Hungria tem também uma igreja luterana de cerca de um terço do número de membros da igreja reformada.
Mas ainda existem um milhão e meio de membros sustentando o seu trabalho no meio da confusão política reinante no país. Hungria tem também uma igreja luterana de cerca de um terço do número de membros da igreja reformada.
Leste Europeu: Protestantismo e Repressão Religiosa na Polônia, Países Bálticos e Rússia
Enquanto a Polônia teve vida independente, os protestantes representavam quatro por cento duma população, da qual três quartos eram católicos romanos.
Suas igrejas, a Luterana, a Reformada, e a Evangélica cumpriam corajosamente sua tarefa enquanto a Polônia existiu.
Na Estônia, Letônia e Lituânia, quando independentes, havia igrejas luteranas ativas, consistindo, em cada país, na maioria da população.
Na Finlândia, o povo era quase todo luterano e possuía uma longa história da sua esplêndida vida eclesiástica luterana.
Na Rússia, após a Revolução de 1917, havia protestantes de vários ramos: luteranos, reformados, menonitas, batistas, metodistas, etc.
A subseqüente política anti-religiosa do governo tornou quase impossível á vida das igrejas cristãs nesse país.
ÍNDICE
A preparação para o Cristianismo
A fundação e expansão da Igreja
A Igreja antiga (100 - 313)
A Igreja antiga (313- 590)
A Igreja no início da Idade Média (590 - 1073)
A Igreja no apogeu da Idade Média (1073 - 1294)
Decadência e renovação na Igreja Ocidental (1294 - 1517)
Revolução e reconstrução (1517 - 1648)
A era da Reforma (1517 - 1648)
O cristianismo na Europa (1648 - 1800)
O Século 19 na Europa
O Século 20 na Europa
65 - O Protestantismo no Continente ⬅️ Você está aqui!
O cristianismo na América