Revolução francesa e igreja católica: Conflitos, confiscos e a deusa razão


Destaques do Artigo: 
🔥 Revolução Francesa (1789) marcada por hostilidade contra a Igreja Católica. 
💰 Confisco de propriedades da Igreja e abolição das ordens monásticas. 
🛐 Abolição do culto cristão (1793) e instauração do culto à deusa Razão. 

Hostilidade da França Revolucionária contra a Igreja Católica Romana
Quando a Revolução rebentou (1789), a Assembléia que representava o povo, demonstrou amargo desagrado e hostilidade para com a Igreja Católica Romana. 

As causas dessa atitude vinham operando desde muitos anos. A perseguição contra os protestantes tornou o povo desgostoso e fê-lo sentir horror por uma instituição cujos líderes foram os causadores de tais barbaridades. 

Muitos patriotas franceses consideravam a Igreja como inimiga do espírito de lealdade nacional, porque o seu clero colocava a autoridade do Papa acima da autoridade do governo.

Além disso, o século XVIII viu, na França, o desenvolvimento da dúvida e a negação das verdades do cristianismo. Isto naturalmente causou indiferença ou oposição ao grande representante do cristianismo, naquele país, a Igreja Católica Romana. 

Por mais estranho que pareça, este ceticismo contribuiu, em grande parte, para acabar com a perseguição ao protestantismo. Homens que não tinham a fé cristã, condenavam, naturalmente, o uso da força para que uma forma de cristianismo tentasse destruir a outra.

Riqueza da Igreja e a indignação popular
Possivelmente a maior causa da hostilidade à Igreja papal foi sua enorme riqueza e o uso egoísta que ela fazia de tão grandes bens.

A situação econômica era bem difícil, especialmente para a grande massa da população pobre, que já estava arruinada por impostos pesados e cruéis. 

Mas as riquezas dessa igreja eram usadas principalmente para sustentar a imponência do seu alto clero, que era luxurioso e preguiçoso, e em muitos casos, imoral. 

Os párocos, os únicos membros do clero que serviam ao povo, eram miseravelmente pagos. Tudo isto contribuiu para encher o povo de indignação.

Ações dos governos revolucionários contra a Igreja
A primeira legislatura da Revolução, a Assembléia Nacional (1789 – 1790), confiscou as propriedades da Igreja Romana e vendeu boa parte delas para enfrentar as necessidades nacionais. 

A Assembleia, estabeleceu completa liberdade religiosa. Aboliu as ordens monásticas e reorganizou completamente a Igreja Católica Romana, deixando-a apenas nominalmente sujeita ao Papa.

Abolição e restauração do culto cristão
Finalmente, não só a Igreja Papal mas o próprio cristianismo foi objeto do ódio público. Isto foi devido, em parte, ao desenvolvimento da incredulidade, e, de outro lado, pelo fato de muitos julgarem a Igreja Romana e o Cristianismo como coisas idênticas, e culpavam a religião por todos os males dessa igreja.

Em 1793, foi abolido o culto cristão, negada formalmente a existência de Deus, e estabelecido o culto da Deusa Razão. O domingo, ou Dia do Senhor, foi substituído por um dia em cada dez, para descanso e diversões.

Todavia povo se opôs a tudo isto. Em 1795, foi restabelecido, pelo governo, o culto cristão. Todas as agremiações religiosas tiveram permissão de exercer formas de culto, contanto que se mantivessem sem auxílio do governo. 

Napoleão e a nova relação entre Igreja e Estado

Este acordo foi quebrado por Napoleão que possuía suas próprias ideias acerca das relações entre a Igreja e o Estado.

ÍNDICE

A preparação para o Cristianismo 

A fundação e expansão da Igreja 

A Igreja antiga (100 - 313) 

A Igreja antiga (313- 590) 

A Igreja no início da Idade Média (590 - 1073) 

A Igreja no apogeu da Idade Média (1073 - 1294) 

Decadência e renovação na Igreja Ocidental (1294 - 1517) 

Revolução e reconstrução (1517 - 1648) 

A era da Reforma (1517 - 1648) 

O cristianismo na Europa (1648 - 1800) 
44 - A Igreja Católica Romana e a Revolução Francesa ⬅️ Você está aqui! 

O Século 19 na Europa 

O Século 20 na Europa 

O cristianismo na América 

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