42 - Missões


VII. MISSÕES

Inatividade protestante
Somente a I. C. Romana nesse período cuidou do trabalho missionário. As igrejas protestantes nada fizeram digno de referência especial, para levar o Evangelho aos povos pagãos.

Uma das razões dessa atitude foi que o protestantismo teve de lutar muito para sobreviver, mas também deve-se reconhecer que as igrejas protestantes ainda não tinham reconhecido como seu privilégio e seu dever o trabalho missionário, como fez depois.

Os grandes líderes da Reforma não deram sinal de realizar aquilo que é um dever de cada cristão: evangelizar os demais povos; e, naturalmente, os que continuaram o trabalho deles, caíram na mesma falta. O protestantismo só alcançou a sua grande visão missionária no século XVIII.



Atividade da igreja romana
A I. C. Romana por todo este período desenvolveu trabalho missionário ativo. Foi aberto um novo e grande campo para o cristianismo: as novas terras descobertas no ocidente e no oriente, aos fins do século XV e no XVI.

Os pioneiros da Igreja Romana apressaram-se a entrar nessas regiões, principalmente os franciscanos e os dominicanos.

Os governos dos países que realizaram essas descobertas, julgavam que a extensão do cristianismo era uma parte do seu dever com relação às novas terras.

Esta foi a razão por que frades e sacerdotes muitas vezes tomaram parte nas viagens de exploração e sempre estavam com os primeiros colonizadores.

As missões jesuítas
Os maiores missionários católicos, porém, foram os jesuítas. O trabalho missionário ajustava-se exatamente ao seu grande escopo de estender a igreja papal por todo o mundo e eles se atiraram a essa missão com heroísmo e zelo extraordinários.

Um dos primeiros companheiros de Inácio de Loioia, na organização da Sociedade de Jesus, foi o espanhol Francisco Xavier.



No ano em que a sociedade foi fundada, ele e dois outros jesuítas, foram à índia. Antes já se tinha feito algum trabalho missionário ali, sob o governo português. Xavier trabalhou na índia por quatro anos, principalmente ao longo da costa do extremo sul.

Seus métodos foram praticamente os dos missionários medievais. Depois de um pouco de instrução ministradas aos nativos com o auxílio de um intérprete, batizava vários deles num só dia.



Todavia Xavier demonstrou verdadeiro zelo apostólico na salvação dos homens, como ele próprio o entendia, e não poupou sacrifícios na realização da sua tarefa. Sob sua direção o trabalho cresceu de modo a necessitar que os jesuítas na Europa enviassem novos reforços.

Da índia, Xavier foi ao Japão. Ali estabeleceu o romanismo em 1549 e, em dois anos de trabalho, ele e seus companheiros lançaram os fundamentos de uma igreja romana japonesa que cresceu muito rapidamente.

Ansioso por levar a religião a novas terras, Xavier partiu para a China, tendo morrido em 1552, numa ilha próxima à costa chinesa.



Os jesuítas na China
A obra que, na China, Xavier não pôde realizar, realizou-a outro jesuíta, Mateo Ricci, que para lá se dirigiu em 1583.

Conseguiu ganhar as boas graças do imperador para o estabelecimento da religião católica ali, em virtude dos seus grandes conhecimentos de astronomia e de geografia.

Nessa parte da Ásia, o trabalho muito prosperou de sorte que várias centenas de missionários jesuítas foram enviados para ali, a fim de enfrentarem as necessidades da causa.





Os jesuítas na América
Nas possessões francesas da América, no Brasil e no Paraguai a obra missionária dos jesuítas também foi encetada com grande vigor e devoção.

Corajosamente os jesuítas franceses enfrentaram a obra missionária desde a foz do Rio S. Lourenço até os Grandes Lagos e, daí, à foz do Mississipe.

Em quase todos os países onde os jesuítas e outras Ordens trabalharam, a Igreja Romana cresceu rapidamente.

Mas este crescimento, como muitos historiadores católicos admitem, não foi substancial, o que vem provar que os métodos adotados não eram certos e apropriados. Não obstante, o zelo e o heroísmo de muitos desses homens são um legado precioso para sua igreja.

Por Robert Hastings Nichols

ÍNDICE

A preparação para o Cristianismo

01 - A contribuição dos Romanos, Gregos e Judeus
02 - Como era o mundo no surgimento do cristianismo

A fundação e expansão da Igreja
03 - Jesus e sua Igreja
04 - A Igreja Apostólica Até o Ano 100

A Igreja antiga (100 - 313) 
05 - O mundo em que a Igreja vivia (100 - 313)
06 - Características da Igreja Antiga (100-313)

A Igreja antiga (313- 590) 
07 - O mundo em que a Igreja vivia (313 - 590)
08 - Características da Igreja Antiga (313-590)

A Igreja no início da Idade Média (590 - 1073) 
09 - O mundo em que a Igreja vivia (590-1073)
10 - Características da Igreja no início da Idade Média 
11 - O cristianismo em luta com o paganismo dentro da Igreja

A Igreja no apogeu da Idade Média (1073 - 1294) 
12 - A Igreja no Ocidente - O papado Medieval - Hildebrando
13a - Inocêncio III
13b - A Igreja Governa o Mundo Ocidental
14 - A guerra da Igreja contra o Islamismo - As cruzadas 
15 - As riquezas da Igreja
16 - A organização da Igreja
17 - A disciplina e a lei da Igreja Romana
18 - O culto da Igreja
19 - O lugar da Igreja na religião
20 - A vida de alguns líderes religiosos: Bernardo, Domingos e Francisco de Assis
21 - O que a Igreja Medieval fez pelo mundo
22 - A igreja Oriental

Decadência e renovação na Igreja Ocidental (1294 - 1517)

23 - Onde a Igreja Medieval falhou
24 - Movimentos de protesto: Cataristas, Valdeneses, Irmãos
25 - A queda do Papado
26 - Revolta dentro da igreja: João Wycliff e João Huss
27 - Tentativas de reforma dentro da Igreja
28 - A Renascença e a inquietude social como preparação para a Reforma

Revolução e reconstrução (1517 - 1648) 
29 - A Reforma Luterana
30 - Como Lutero se tornou reformador
31 - Os primeiros anos da Reforma Luterana
32 - Outros desdobramentos da Reforma Luterana
33 - A Reforma na Suíça - Zuínglio
34 - Calvino - líder da Reforma em Genebra
35 - A Reforma na França
36 - A Reforma nos Países Baixos
37 - A Reforma na Escócia, Alemanha e Hungria

O cristianismo na Europa (1648 - 1800)
43 - A França e a Igreja Católica Romana
44 - A Igreja Católica Romana e a Revolução Francesa
45 - O declínio religioso após a Reforma
46 - O Pietismo
46 - A Igreja Oriental
47 - A Regra Puritana
48 - Restauração
49 - Revolução
50 - Declínio Religioso no começo do século 18
51 - O Reavivamento do Século 18 e seus resultados
52 - Os Pactuantes (Covenanters)
53 - O Século 18 na Escócia
54 - O Presbiterianismo na Irlanda

O Século 19 na Europa
55 - O Catolicismo Romano
56 - O Protestantismo na Alemanha, França, Holanda, Suíça, Escandinávia e Hungria
57 - O Movimento Evangélico na Inglaterra
58 - O Movimento Liberal
59 - O Movimento Anglo-Católico
60 - As Igrejas Livres
61 - As Igrejas na Escócia: despertamento, descontentamento e cisão
62 - As missões e o cristianismo europeu

O Século 20 na Europa
63 - História Política até 1935
64 - O Catolicismo Romano
65 - O Protestantismo no Continente
66 - A Igreja da Inglaterra
67 - As Igrejas Livres 
68 - A Escócia
69 - A Igreja Ortodoxa Oriental
70 - Outros países orientais
71 - O Movimento Ecumênico

O cristianismo na América
72 - As primeiras tentativas
73 - As Treze Colônias
74 - Reconstrução e reavivamento após a Guerra da Independência
75 - O Século 19 até 1830
76 - 1830 - 1861
77 - 1861 - 1890
78 - 1890 - 1929

Semeando Vida

Profundidade Teológica e Orientação Espiritual para Líderes e Estudiosos da Fé

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