Reforma na França: Perseguição, guerras religiosas e o legado do Édito de Nantes

Destaques do Artigo: 
 📖 Humanistas franceses e a influência de Calvino na semente protestante. 
 🔥 Massacre de São Bartolomeu: 70 mil huguenotes mortos em 1572. 
 🕊️ Édito de Nantes (1598): A frágil tolerância após décadas de conflito. 

Humanistas franceses e a semente protestante sob Francisco I
Nos começos do século XVI, algumas das ideias religiosas características da Reforma foram expressas por humanistas franceses que eram estudantes entusiastas das Escrituras.

Mas quando os livros de Lutero começaram a circular na França, a perseguição caiu sobre toda e qualquer manifestação desses pontos de vista. 

Depois de certo tempo de vacilações, o rei Francisco I, em 1538, decidiu mover forte e incessante campanha contra o ensino reformado. 

Por esse mesmo tempo Calvino tornou-se o chefe do movimento protestante no seu país, dirigindo-o através de cartas e por meio de pregadores jovens enviados de Genebra.

Apesar da repressão feita, mesmo à custa de sangue, a Reforma espalhou-se por quase toda a França. Em 1559 organizada uma igreja protestante nacional.

Seu sistema de governo foi copiado no ano seguinte pelos reformadores escoceses e generalizou-se por todas as igrejas presbiterianas.

Huguenotes: A nobreza francesa em revolta pela liberdade religiosa
Por esse tempo o movimento protestante modificou um pouco o seu caráter. Grande parte da alta aristocracia foi conquistada para a Reforma. 

Estes grandes nobres, alguns príncipes de sangue real, não se submetiam facilmente à perseguição, e começaram a falar de uma revolta armada.

Sob a liderança deles o movimento protestante tornou-se, não somente um esforço, para espalhar a religião evangélica, mas igualmente uma luta contra o governo com o fim de alcançar a liberdade religiosa, a liberdade de pregar a fé reformada.

Essa atitude ganhou o nome de "huguenotes" (2) daí em diante usado pelos protestantes franceses.


Guerras Religiosas (1562-1598): 30 anos de destruição e fanatismo
A guerra rebentou em 1562, sendo os huguenotes dirigidos pelo almirante Coligny e o príncipe Condé; ambos lutavam contra a rainha regente, Catarina de Médicis. 

Esta guerra foi a primeira das oito "Guerras Religiosas" que duraram mais de trinta anos e quase arruinaram totalmente a França. O partido católico-romano estava decidido a lançar mão de todas as crueldades, como de fato o fez. Era dirigido pelos jesuítas e pelo rei Felipe II da Espanha.




Noite de São Bartolomeu: O massacre que traumatizou a França
O espírito do partido católico-romano manifestou-se no horrível massacre de São Bartolomeu, em 1572. Num certo período de paz, muitos huguenotes dentre os nobres reuniram-se em Paris para assistirem ao casamento de um dos seus chefes, Henrique de Navarra.

Num ataque levado a efeito durante a noite, por ordem de Catarina de Médicis, dezenas de milhares de huguenotes, inclusive o almirante Coligny e muitíssimos outros líderes, foram mortos.

Foram logo ordenados muitos outros massacres em outras partes da França, nos quais foram aniquilados cerca de setenta mil protestantes.

Édito de Nantes: O acordo que encerrou o ciclo de sangue
O papa enviou congratulações a Catarina e ambos se regozijaram pelo que fizeram aos protestantes. 

Todavia, e apesar deste terrível golpe, os protestante se reabilitaram e continuaram a luta até 1598 quando a guerra terminou com o célebre Édito de Nantes, que concedeu ao protestantismo um pouco mais de tolerância.

ÍNDICE

A preparação para o Cristianismo 

A fundação e expansão da Igreja 

A Igreja antiga (100 - 313) 

A Igreja antiga (313- 590) 

A Igreja no início da Idade Média (590 - 1073) 

A Igreja no apogeu da Idade Média (1073 - 1294) 

Decadência e renovação na Igreja Ocidental (1294 - 1517) 

Revolução e reconstrução (1517 - 1648) 
35 - A Reforma na França ⬅️ Você está aqui! 

A era da Reforma (1517 - 1648) 

O cristianismo na Europa (1648 - 1800) 

O Século 19 na Europa 

O Século 20 na Europa 

O cristianismo na América 

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