Reforma Luterana: Sacerdócio universal, conflitos sociais e o surgimento do protestantismo



Destaques do Artigo: 
 🌍 Expansão rápida do luteranismo após 1520: monges, sacerdotes e leigos como pregadores. 
 ✝️ Doutrina do sacerdócio universal: Libertação do controle clerical medieval. 
 ⚔️ Guerra dos Camponeses (1525): Revolta social que dividiu a Alemanha religiosa. 

Expansão acelerada: Como o luteranismo dominou a Alemanha pós-1520
A partir de 1520, os ensinos reformados dominaram rapidamente a Alemanha. A maioria dos monges deixaram seus claustros para pregarem as boas nova do Novo Testamento. 

Muitos dos sacerdotes das paróquias tornaram-se luteranos, e em muitíssimos casos os seus paroquianos os seguiram. 

Um bom número de bispos tornou-se favorável às novas doutrinas. Quando não se encontravam clérigos para pregar, os leigos o faziam.

Os livros de Lutero tiveram enorme divulgação e influencia. Muitos humanistas dedicaram sua cultura defendendo esta nova e melhor forma de Cristianismo. 

Os ensinos reformados foram amplamente divulgados entre o povo por meio de um grande número de tratados. 

O povo das cidades livres, onde o trabalho tinha sido previamente preparado pelos "Irmãos" que pregaram a religião evangélica, disseminaram a Bíblia e divulgaram os ensinos de João Huss, deu especial e entusiástica recepção ao Evangelho bíblico do reformador.

O movimento luterano espalhou-se como um forte reavivamento espiritual. De fato, este movimento (como a Reforma protestante em toda a parte) foi, fundamentalmente, um reavivamento religioso. 

Lutero tinha em si próprio um tremendo poder de vida religiosa, e através dos seus ensinos, e contudo tão antigos quanto o cristianismo, produziu no seu povo uma nova vida religiosa.

Sacerdócio universal: A revolução teológica que desafiou Roma
Por sua grande doutrina bíblica do sacerdócio de todos os cristãos, Lutero libertou os homens do temor e, libertos do medo foram igualmente libertos do poder da igreja medieval e conduzidos a uma religião mais sincera e profunda. 

Cada indivíduo, ensinava ele, podia gozar comunhão com Deus, pela fé, sem a intervenção do sacerdócio da igreja.

O homem podia confessar seus pecados a Deus e dele receber o perdão. Para sua salvação o homem não necessitava dos ritos dos sacerdotes e, portanto, não lhes devia obediência nem temor. 

Cada um podia andar corretamente com o seu Deus, podia ser justificado por meio da fé, sem se submeter às exigências da igreja papal.

Cada homem podia entender as Escrituras pela iluminação da fé, e por elas conhecer a vontade de Deus independentemente dos ensinos dessa igreja. 

Os alemães se congregaram em torno dessa religião cristã de portas abertas, de consciência aberta e de Escrituras abertas.


Guerra dos Camponeses (1525): O conflito que redefiniu alianças
Enquanto assim avançava o luteranismo, o Papa não dormia. Os legados papais lutaram por organizar uma aliança dos príncipes que ainda estavam com a velha religião e isto no propósito de esmagar a Reforma. A guerra dos camponeses em 1525 auxiliou, inesperadamente, esses propósitos. 

Esta guerra foi o desfecho dos longos anos de descontentamento e revolta de que já falamos. Verificaram-se levantes em muitas localidades, e quase toda a Alemanha estava em confusão e desordem. 

Os pobres camponeses foram esmagados com mão de ferro, mas sua revolta surtiu bom efeito quanto à situação religiosa.

O espírito da Reforma era bem forte entre os camponeses. Por isso alguns dos príncipes concluíram que as novas idéias religiosas traziam em seu bojo a revolução e resolveram opor-se a essas idéias. Foi assim que resultou os governantes da Alemanha dividirem-se em dois campos antagônicos.

O partido da Reforma incluía muita gente além dos luteranos. Um outro movimento de revolta contra a Igreja surgiu na Suíça alemã, sob a liderança de Zuínglio. 

Este movimento espalhara-se pelo sul da Alemanha de modo que alguns príncipes das cidades livres estavam mais sob a influência de Zuínglio que sob a de Lutero.

Dieta de Spira (1529): O nascimento oficial do termo "protestante"
Na Dieta de 1526, dominaram os luteranos e os zuinglianos, e asseguraram uma decisão, pela qual cada governo podia decidir qual a religião dos seus domínios. 

Imediatamente alguns príncipes começaram a reorganizar as igrejas dos seus territórios, com o culto e pregação segundo o ensino da Reforma. 

O imperador não se opôs a isto porque ele estava, então, em guerra contra o papa e contra Francisco I. De sorte que, enquanto os inimigos da Reforma brigavam, esta ganhava terreno.

Mas na Dieta de 1529, em Spira, os católicos romanos, como os chamaremos daqui por diante, eram mais poderosos, em virtude das disputas políticas que enfraqueceram os luteranos. A decisão dessa Dieta impedia qualquer propaganda da Reforma nos seus dois ramos: o luterano e o zuingliano. 

Contra isto os membros da Dieta que eram do partido da Reforma, organizaram um protesto formal, razão por que, daí por diante, os seguidores do cristianismo reformado são geralmente chamados de "Protestantes"(1).

ÍNDICE

A preparação para o Cristianismo 

A fundação e expansão da Igreja 

A Igreja antiga (100 - 313) 

A Igreja antiga (313- 590) 

A Igreja no início da Idade Média (590 - 1073) 

A Igreja no apogeu da Idade Média (1073 - 1294) 

Decadência e renovação na Igreja Ocidental (1294 - 1517) 

Revolução e reconstrução (1517 - 1648) 
31 - Os primeiros anos da Reforma Luterana ⬅️ Você está aqui! 

A era da Reforma (1517 - 1648) 

O cristianismo na Europa (1648 - 1800) 

O Século 19 na Europa 

O Século 20 na Europa 

O cristianismo na América 

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