A pessoa de Cristo (4)


Na edição passada refletimos sobre os motivos pelos quais Cristo necessitou encarnar-se. Segundo o que vimos, ele assim fez para nos representar em sua obediência, nos substituir em seu sacrifício e ser nosso mediador.

Hoje, continuaremos a refletir sobre os motivos da encarnação.

1. Para cumprir com o objetivo de dominar a Criação. 
Deus havia colocado o homem para dominar a terra e ser o seu representante (Gn 1.28). Contudo, o ser humano fracassou, pois caiu em pecado.

Nesse cenário de queda, Jesus veio ao mundo como homem, foi obediente até o fim e teve o direito de dominar a Criação, cumprindo assim o objetivo inicial de Deus ao criar o homem (Mt 28.18; Ef. Ef 1.22; Hb 2.8,9). 


2. Para ser nosso exemplo e padrão de vida. 
Como Adão pecou, Jesus mostrou em sua obediência o tipo de ser humano que todos deveriam ser. Dessa forma, ele tornou-se referência e exemplo a ser seguido.

Paulo diz que temos sido transformados conforme a sua imagem (2 Co 3.18). Pedro informa que no sofrimento devemos considerar o exemplo de Cristo (1 Pe 2.21).

O autor de Hebreus exorta para que andemos com nossos olhos fixados em Cristo (Hb 12.21). Portanto, Jesus necessitou tornar-se homem a fim de tornar-se nosso exemplo e padrão de vida.

3. Para ser padrão de nosso corpo redimido. 
A ressurreição de Cristo serviu para mostrar que o sacrifício de Jesus foi aceito (Rm 4.25). No entanto, sua função também é mostrar que sua ressurreição é a evidência do que ocorrerá com os cristãos.

 Conforme salienta Wayne Grudem, “temos agora um corpo físico como o de Adão, mas teremos um como o de Cristo”. A respeito disso, Paulo escreveu: “E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial” (1 Co 15.49).

Conclusão. 
A encarnação de Jesus obedeceu a diversos propósitos. Dentre eles, para que Cristo cumprisse o objetivo de dominar sobre a Criação, para ser nosso exemplo de vida e para ser nosso padrão de um corpo redimido. Que entendamos as finalidades da encarnação em relação a nossa redenção.

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