E não somente fizeram como nós esperávamos, mas também deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus - 2 Coríntios 8:5
Lemos em 2 Coríntios 8:1-5 que os macedônios voluntariamente quiseram participar no plano de contribuições para os pobres da Judeia, e que o fizeram excedendo a expectativa dos apóstolos. Diz Paulo: Não somente fizeram como esperávamos, mas deram-se a si mesmos, primeiramente ao Senhor.
Aqui está a chave do assunto: Deram-se a si mesmos ao Senhor. A mordomia envolve tudo o que somos, inclusive o próprio ser (1Co. 6:19-20). Se não nos entregarmos a nós mesmos ao Senhor, podemos também negar-Lhe as demais coisas.
Este é o motivo por que muitos cristãos não se dispõem a contribuir nos dízimos e ofertas para o trabalho: a falta de amor a Deus e a Seu trabalho.
Os que consideram a responsabilidade de mordomos e amam a causa do Mestre, vêem como privilégio as oportunidades para cooperarem. Se faltar o amor, o indivíduo procura até mesmo um fundamento bíblico para fugir do dever.
Ouvimos a citação de 2Co. 9:7 como "prova" de que só contribui quem quer: Cada um contribua segundo tiver proposto no seu coração e pronto, como se dissessem: Não tenho proposto contribuir, portanto, nada tenho a fazer.
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Seria melhor considerar:
1º- O texto, antes de falar em propósito do coração, diz: contribua. É portanto, uma norma para quem contribui e não para fugir.
2º- A parte final do verso diz: Deus ama ao que dá com alegria. Quem não estimaria ser objeto do amor de Deus? Então, a contribuição é motivo para gozarmos desse amor, desde que esse gesto seja repassado de alegria.
É certo que um coração avarento jamais se propõe a contribuir para o trabalho de Deus, pois a avareza é o mesmo que idolatria (Cl. 3:5) e o avarento é idólatra, faz do dinheiro o seu deus, o ama acima de Deus, o doador de tudo o que temos e somos. Isto é muito perigoso, pois o avarento e o idólatra não entrarão no reino de Deus (1Co. 6:9 e Ap. 21:8).
A infidelidade quanto ao dever de contribuir, especialmente com o dízimo, é motivo de maldição da parte de Deus. Em Ml. 3:8-10, temos duas palavras de sentidos diametralmente opostos: maldição e bênção. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais (v. 9). Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimentos em minha casa e, provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e, não derramar sôbre vós bênçãos sem medida (v.10).
Não será esta a razão de uns prosperarem, tanto nas coisas materiais como na vida espiritual? Não será a maldição de Deus sobre os infiéis, o motivo de não prosperarem?
O profeta Ageu, respondendo aos remissos na contribuição para o trabalho de Deus, diz: Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vesti-vos, mas ninguém se aquece e o que recebe salário, recebe para pô-lo em saco furado (Ag. 1:16).
A respeito da maldição consideremos duas coisas:
a) A maldição é proferida contra os que roubam a Deus, retendo a parte que Lhe devem.
b) A contribuição que devemos a Deus, o dízimo, Deus não exige para Si mesmo, é reclamado para a manutenção do trabalho e do ministério divino em favor dos homens; em benefício de nossas almas.
Amado, considera cuidadosamente este assunto. Verifica a tua relação com Deus à luz da Bíblia e apressa-te em endireitar o teu caminho diante do Senhor para que, em vindo Ele, te diga: Muito bem, servo bom e fiel, entra no gozo do teu Senhor.
Índice
1 - O dízimo pertence ao Senhor
2 - O dízimo antes da Lei
3 - O dízimo depois da Lei
4 - Realmente amamos a obra de Deus?