A Bíblia faz uso da palavra “Escravo” para nos mostrar onde se encontra a liberdade da mais que indesejável escravidão; para nos mostrar uma vida feliz e liberta da servidão opressiva.
O êxodo do povo de Israel, por exemplo, foi a oportunidade que Deus concedeu aos hebreus para saírem do jugo da escravidão do Egito (Ex. 19 e 20). Aquela liberdade foi dada por Deus para permanecer, fato que dependia da qualidade da obediência daquele povo.
A lição que ficou para nós é que a liberdade é uma benção ligada ao pacto da graça da salvação em Cristo; algo que Deus prometeu manter em troca da nossa fidelidade a Ele. O modo pelo qual Deus livra o homem dos seus captores é torná-lo seu próprio escravo.
Ser escravo do Senhor era o grande privilégio que Paulo sentia e proclamava com incomensurável satisfação. É privilégio de não ser mais escravo do pecado, de Satanás que é o anticristo. Não ser mais escravo da Lei que subjuga; do aguilhão da morte.
Cristo é o nosso grande e poderoso libertador da escravidão do pecado e seus tirânicos frutos (Rm.6:18-23); da Lei como sistema de salvação pelas obras das próprias mãos (Rm. 7:5-13); do demoníaco poder das trevas (Cl. 1:13); das superstições politeístas (1Co.10:29); da carga do cerimonialismo e farisaísmo judaico (Gl.2:4).
Pois bem, uma coisa é o escravo, outra coisa é a escravidão. O escravo como objeto útil desapareceu, o que é louvável, mas, a escravidão continua. Não permitamos, como Igreja de Cristo, que a escravidão nos domine.
Para a liberdade foi que Cristo nos libertou, e, a verdadeira liberdade consiste em sermos escravos do Senhor, obedecendo sempre o que nos ordena, pois só quer o nosso bem maior, a nossa felicidade verdadeira.
Por Carlos Teles