“O centurião respondeu: Senhor, manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado”. Mateus 8:8
[O texto de Mateus 8 nos ensina] sobre esse oficial que experimenta os limites de seu poder. Certamente era invejado, pois a ânsia de poder está enraizada em todos nós. Lemos no v. 9: "... tenho soldados às minhas ordens, e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem".
Mas perante o sofrimento de seu criado, este oficial reconhece que seu poder de nada adianta. Quão rapidamente chegamos nós também ao limite do possível! Perante sofrimento e morte somos impotentes. Tudo o que pareceu importante, torna-se secundário.
É comovente sentir o cuidado deste oficial pelo seu empregado. Em compaixão ele certamente supera muitos cristãos. Onde encontramos hoje pessoas que tratam seus empregados com tamanha dedicação?
Por exemplo, as empregadas domésticas? Quantas vezes elas são marginalizadas e seu trabalho não é reconhecido pessoalmente nem financeiramente com um salário digno e tratamento justo e humano.
Por exemplo, as empregadas domésticas? Quantas vezes elas são marginalizadas e seu trabalho não é reconhecido pessoalmente nem financeiramente com um salário digno e tratamento justo e humano.
Surpreende-nos e comove-nos a humildade e fé deste oficial. E ela comoveu Jesus. Jesus nesta história auxilia ao mesmo tempo um poderoso e um marginalizado: ao patrão e ao seu empregado. Sua opção pelos fracos e humildes não é unilateral. Fraco e humilde é quem reconhece e confessa sua fraqueza e pequenez.
A estes Jesus quer ajudar também hoje, oferecendo verdadeira liberdade e vida nova e plena, salvação e cura de males do corpo e da alma. O centurião confessou humildemente: "Não sou digno que entre na minha casa. Diga apenas uma palavra e meu empregado ficará curado”.
Só por uma palavra o centurião pediu. Que fé nesta palavra de Jesus. Que fé confiante que para Jesus não há limites de ajudar. Jesus atendeu ao pedido deste oficial, dizendo: "Vai-te e seja feito conforme a tua fé". (v.13) Aí inicia verdadeira libertação.
Jesus vê a pessoa como um todo e deseja curar, como o fez aqui, como sinal da vinda do seu Reino. Que Deus nos ajude a sermos livres, independentes do pecado e dependentes de Cristo sempre.
Por Carlos Teles